Quem disse que moedas antigas não possuem mais valor? Se do ponto de vista monetário, essas peças não podem mais ser encontradas em comércios, do ponto de vista da numismática, a história é diferente.
De acordo com os especialistas, existem vários casos de moedas antigas que não estão mais circulando na nossa sociedade, mas que podem valer um bom dinheiro no final das contas. Estamos falando de peças consideradas raras, que são muito procuradas por colecionadores.
É o caso, por exemplo, da moeda de 2 Cruzeiros do ano de 1957. Trata-se de uma peça que possui uma tiragem de pouco mais de 194 mil exemplares. Dentro da numismática, se entende que esse número é muito baixo, sobretudo quando se compara com outras peças da mesma família.
A moeda de 2 cruzeiros de 1957
A moeda de 2 Cruzeiros do ano de 1957 possui uma série de características específicas. Veja quais são elas de acordo com a Casa da Moeda:
- Material: bronze alumínio
- Diâmetro: 21,0 mm
- Massa: 5,00 g
- Espessura: 2,00 mm
- Bordo: serrilhado
- Titulagem: Cu 900, Al 80, Zn 20
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Desenho do Anverso: Escudo do Brasil – REPUBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL.
- Desenho do Reverso: Valor 2 cruzeiros e data.
Contexto histórico
Vale destacar que essa moeda de 2 cruzeiros foi lançada no Brasil em um contexto de muitas transformações. Internamente o país avançava na industrialização e na construção da cidade de Brasília, ainda sobre o governo de Juscelino Kubitschek.
Naquele momento, o futebol brasileiro começava a consolidar uma fama mundial, e a cultura popular foi marcada pelo surgimento da bossa nova.
Do ponto de vista internacional, a Guerra Fria continuava moldando alianças e tensões políticas entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Os valores das moedas
Mas afinal de contas, quais são os valores projetados para as moedas de 2 cruzeiros do ano de 1957?
De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, os valores projetados para essas peças variam de acordo com o grau de conservação e com a presença ou não de variantes específicas.
Moedas que contam com o reverso invertido, por exemplo, podem chegar a ser vendidas por até R$ 500. Na imagem abaixo, essas variações se tornarão mais claras:
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.
Entendendo as classificações
Para os iniciantes, as inscrições da imagem acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
- MBC
O termo MBC significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
- SOB
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
- FDC
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
- FDCe
Uma moeda é considerada certificada quando são encapsuladas por grandes certificadores, como a Numismatic Garanty Company (NGC), e a Professional Coin Grading Service (PCGS). Para os especialistas, estas indicações seriam a certeza do real estado de conservação da peça, e também da integridade da mesma.