Ter a carteira de motorista é um objetivo compartilhado por muitos brasileiros. Isso porque representa um investimento na liberdade pessoal e independência. Portanto, anualmente, um grande número de pessoas se inscreve nos cursos teóricos e práticos oferecidos pelas autoescolas. Dessa forma, se inicia o processo junto ao Detran estadual para obter o documento.
No entanto, uma questão amplamente debatida é o custo envolvido em todo esse processo até se ter a carteira de trabalho em mãos. Devido a essa preocupação, está em discussão a possibilidade de eliminar a obrigatoriedade dos cursos ministrados pelas autoescolas. Mas, será que isso realmente será benéfico?
Custos da carteira de motorista atualmente no Brasil
Como mencionado anteriormente, conquistar o documento é um desejo de muitos brasileiros. Tem pessoas que mal podem esperar para completar os 18 anos e iniciar o processo. No entanto, em muitas regiões do país, o custo para realizar esse sonho é proibitivamente alto, e diversos brasileiros não têm condições financeiras de arcar com ele.
Em algumas localidades, somando-se as taxas do Detran e os custos das autoescolas, o valor pode chegar a, ou até mesmo ultrapassar, R$ 3 mil, apenas para obter o direito de dirigir nas estradas brasileiras.
Aqueles que não têm condições de pagar esse montante se veem em uma situação difícil. Chegam até a correr o risco de enfrentar penalidades severas caso não cumpram os requisitos e sejam pegos pela fiscalização de trânsito.
Visando abordar esse problema, um projeto de lei nº 6.485/19 está em andamento no Congresso Nacional. A intenção é alterar as regras de obrigatoriedade dos cursos ministrados pelas autoescolas nas categorias A e B.
Os cursos ministrados nas autoescolas não serão mais obrigatórios?
É importante ressaltar que a ideia ainda está em discussão. No entanto, a senadora Kátia Abreu apresentou a proposta de reduzir os custos da carteira de motorista. Para isso, haverá a eliminação da obrigatoriedade dos cursos teóricos e práticos. O resultado seria um desconto de aproximadamente 80% no valor total pago para obter o documento.
Contudo, mesmo se a medida for aprovada, ainda será necessário realizar as provas, é claro. No entanto, os candidatos terão a liberdade de estudar sozinhos para a prova teórica. Já na preparação para a prova prática, os alunos poderão contar com o apoio de seus familiares ou outros instrutores.
A data exata para a tomada de decisão ainda não está definida, mas continua sendo aguardada com expectativa. É fundamental esclarecer que as autoescolas continuarão a existir e a oferecer seus serviços, mas de forma opcional para aqueles que desejam obter a carteira de motorista.
Para os profissionais que desejarem continuar atuando nessa área, também haverá a oportunidade de se associarem aos Detran’s de seus estados. Com isso, poderão se tornar instrutores para a futura prova prática. Embora os proprietários desses estabelecimentos de treinamento possam inicialmente enfrentar desafios com a decisão, há sempre oportunidades de reinvenção no mercado.
Programa que oferece carteira de motorista de graça é outra solução
O procedimento para adquirir a carteira de motorista através do CNH Social começa com a observância de todos os critérios indicados no edital do estado onde o indivíduo reside e aspira a uma vaga.
Adicionalmente, cada cidadão que almeja inscrever-se deve:
- Possuir pelo menos 18 anos de idade;
- Manter um registro ativo no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal);
- Demonstrar habilidade de leitura e escrita;
- Não estar sob impedimento legal para obter uma Carteira de Habilitação;
- Dispor de documentos de identificação, a saber, RG e CPF;
- Ser classificado como pertencente a uma camada de renda reduzida.
Outra disposição crucial refere-se à confirmação do endereço de residência ou domicílio em um estado que concede a oportunidade de adquirir a carteira de motorista sem custos. Isso porque o programa CNH Social não está disponível em todo o território nacional. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro estão entre os estados que não participam dessa iniciativa governamental.