Nesta quinta-feira (13), vai se completar a marca de um mês desde que partidos de oposição se reuniram para discutir um cronograma de pressão no Governo Federal. O motivo dessa pressão era tentar aumentar o valor do Auxílio Emergencial para o patamar de R$ 600.
Quase um mês depois desse encontro, pouca coisa mudou. O Governo segue fazendo os pagamentos do programa normalmente e a oposição não conseguiu chegar nem perto de mudar essa situação. Atualmente, os valores seguem os mesmos.
De acordo com informações do Ministério da Cidadania, que é a pasta que responde pelo Auxílio Emergencial, os valores do programa este ano variam entre R$ 150 e R$ 375. São portanto montantes muito mais baixos do que os do ano passado. Em 2020, o Governo chegou a pagar parcelas de até R$ 1200.
Na reunião que a oposição fez, vários partidos participaram. Inclusive agremiações políticas que estão em locais opostos como PT e PDT. Além deles, outros partidos de esquerda como PSOL, PCdoB e Rede estiveram presentes. Todos tiveram o direito de fala.
Esses partidos alegam, entre outras coisas, que os valores do Auxílio Emergencial este ano não são suficientes para viver no Brasil hoje. De fato, uma cesta básica costuma custar muito mais do que isso nas principais cidades do país. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, esse valor costuma bater os R$ 600 com facilidade.
O que diz o Governo
De acordo com o Governo Federal, esses valores são baixos porque o Palácio do Planalto não pode pagar mais neste momento. Segundo o texto da PEC Emergencial, os cofres da União só podem liberar até R$ 44 bilhões para os pagamentos do projeto este ano.
Isso quer dizer que se o Governo ultrapassar esse limite, estará cometendo um crime de responsabilidade. Em entrevista, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que pode prorrogar o Auxílio, desde que essa prorrogação respeite o limite de R$ 44 bilhões.
A oposição afirma que entende que o Governo não pode ultrapassar esse teto. O que eles querem, no entanto, é que o Governo retire justamente este limite. O PCdoB, por exemplo, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar mudar isso na PEC Emergencial. No entanto, ainda não há nenhuma novidade sobre isso.
Pressão pelo Auxílio
Mesmo que a oposição não tenha conseguido aumentar os valores do Auxílio, não dá para negar que a pressão continua. Nas redes sociais, vários políticos de esquerda pedem o aumento do programa todos os dias em suas contas oficiais.
Nesta terça-feira (11), por exemplo, foi a vez do Presidente do PDT, Carlos Lupi fazer esse pedido. Em uma postagem dura, ele chegou a dizer que o Presidente do país era um “corrupto”. Jair Bolsonaro não respondeu essa acusação. Pelo menos não até a publicação desta matéria.
Fato mesmo é que o Governo Federal terminou os pagamentos da primeira parcela do Auxílio Emergencial. Nesta semana, eles estão liberando os saques para os trabalhadores informais. De acordo com o calendário os repasses do segundo ciclo começam no dia 16.