Representantes de 26 bancos centrais, reguladores financeiros e de organizações internacionais participaram de uma ação promovida pelo Banco Central do Brasil (BCB) para aprender e trocar experiências sobre o Pix.
De acordo com a divulgação oficial, ao todo, cerca de 30 instituições, com participantes da Europa, América do Norte, América do Sul e África, participaram do workshop virtual Deep Dive Into Pix, promovido pelos departamentos de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) e de Assuntos Internacionais (Derin) do Banco Central, com participação também do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban) e do Departamento de Tecnologia da Informação (Deinf).
Ao abrir o encontro, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central do Brasil (BCB), Renato Gomes, lembrou que, desde o início, o BCB decidiu que o Pix deveria ser aberto, acessível, simples e seguro para, de forma eficiente, endereçar as falhas de mercado e complementar os métodos de pagamento então existentes no país.
Outro fato que contribuiu para a rápida aceitação do Pix entre a população, segundo pontuou Gomes, foi o fato de, pelo design do serviço, nenhum usuário ter que baixar aplicativos ou se registrar em sites para usá-lo.
“O consumidor utiliza o Pix por meio do aplicativo do seu próprio banco, que já é conhecido e no qual ele confia. Ou seja, o Pix já nasceu integrado ao cotidiano das pessoas e das empresas”, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
Ele reiterou que o Pix é um método de pagamento seguro – os aplicativos dos bancos e demais ofertantes do serviço são testados intensivamente. Também mencionou que, para além da instantaneidade das transações, o Pix possui como atrativos o fato de ser de baixo custo (transações entre pessoas físicas são gratuitas) e não exigir máquinas, software ou novos aplicativos.
Basta ter um celular ou internet banking. Numa observação mais geral, Gomes lembrou que o Pix se insere numa agenda de inovações construída pelo Banco Central do Brasil (BCB) que reúne pagamentos instantâneos, Open Finance e o Real Digital.
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), o workshop contou com cinco sessões técnicas, de 21 a 25 de novembro, e abordou, entre outros, a visão geral do Pix, os fatores de sucesso, a estrutura de governança, a infraestrutura de liquidação (SPI).
Mecanismos de liquidez, a base de dados relacionados às chaves Pix e informações de segurança (DICT), aspectos técnicos com detalhamento da arquitetura tecnológica; mecanismos de segurança; casos de uso e experiência do usuário. A promoção do seminário foi mais uma ação de colaboração técnica com a comunidade internacional, informa a publicação oficial.