Dentre os usos do sistema PIX, as máquinas de cartão e os links de pagamento vem sendo cada vez mais destaque para os empreendedores. Os mesmos podem escolher essas funções e, assim, oferecer uma experiência mais fluida para seus clientes. Segundo a empresa de maquininhas SumUp, as opções têm trazido mais facilidades nas transações instantâneas.
Para transferências por PIX, é preciso que o consumidor tenha a chave do comerciante. Se errar algum número, o pagamento pode ir para outra conta por engano apresentando um grande risco. Todavia, quando o empreendedor usa a máquina de cartão ou o link de pagamento, isso não ocorre.
De acordo com Leandro Lovato, líder de produtos relacionados ao PIX na SumUp, basta apenas que o consumidor informe que deseja pagar com PIX e escaneie o QR Code do comerciante. “Pronto. O pagamento é realizado, o dinheiro é transferido e o cliente não precisa esperar o empreendedor verificar se a transação foi efetivada.”
O primeiro passo para utilizar esse novo mecanismo é ser cliente de uma fintech que tenha o recurso habilitado. Lovato diz que a Sumup não cobra taxas em transações por Pix realizadas a partir das máquinas de cartão e dos links de pagamento de clientes que têm conta digital da empresa.
Por fim, o empresário informa que o valor economizado ao adotar o recurso pode ser usado na manutenção ou na expansão dos negócios. “Outra opção é oferecer descontos e tornar a opção ainda mais vantajosa para o cliente final”
Outro mecanismo que está por vir é o PIX via WhatsApp, de acordo com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil (Bacen), o sistema de pagamentos proprietários do mensageiro pode se unir ao PIX em breve. Além disso, Neto afirma que a entidade gostaria que outras companhias fizessem o mesmo.
Segundo ele, o Bacen tem interesse que vários concorrentes participem do segmento. “Apenas autorizamos o WhatsApp porque avaliamos que ele está pronto para atuar. Acho que o WhatsApp e o Pix vão se integrar”, afirma.
Para Neto, é fundamental que o sistema possa ter competição. “Não estamos preocupados se será um grande player ou pequeno player”, afirmou. Além disso, o executivo afirma que não gosta de impor nada ao mercado, apenas competição. “Competição é melhor do que regulação em muitos casos”, destaca.
A chegada do Pix Saque, mecanismo para saques em espécie em estabelecimentos comerciais, e do Pix Troco, saque em espécie após a realização de uma compra, vem atraindo mais e mais consumidores no mercado. Estes mecanismos vem para estimular o comércio, principalmente físico, a se adaptar à nova forma de pagamento.
Em um outro momento, o PIX já é o segundo meio de pagamento mais usado no país de acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Os cartões de débito e crédito, além do dinheiro,ainda são líderes na forma de pagamento.
De acordo com Edgard de Castro, vice-presidente de relações institucionais da Associação Brasileira de Automação para o Comércio (Afrac), isso ocorre, em grande parte, por motivos culturais. Segundo Castro, “Nas lojas físicas, esse formato ainda não decolou. Os varejistas não despertaram para o potencial do PIX para melhorar a competitividade ao, por exemplo, eliminar taxas desnecessárias”.