Economia

Pix: entenda se é possível transferir R$ 1,5 milhão

O BBB nem começou e já está dando o que falar, seja pelos participantes ou suas repercussões. Em um dos casos o influenciador Léo Picon, irmão de Jade, de mesmo sobrenome, afirmou pelo twitter ter recebido antes R$ 1, 5 milhão em Pix para não comentar nas redes sociais.  Mas será que isso é mesmo possível?

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Lembrando que o Pix é um sistema de pagamento instantâneo e que funciona 24h por dia. Será que tal transferência seria possível e liberada pelo sistema? No comando da fiscalização, o Banco Central respondeu ao IG se o valor poderia ser liberado ou não.

Vejamos o que disse o Banco do Brasil, em nota: “No Pix não existem limites máximos de valores. Cabe a cada instituição definir os limites conforme o perfil dos clientes, baseado nas regras e parâmetros definidos pelo Banco Central na Instrução Normativa BCB nº 196 “, explicou a instituição, em resposta ao Ig. “Ou seja, se o valor de R$ 1,5 milhão estiver compatível ao perfil do cliente, ele conseguirá fazer a transação via Pix”, completou.

Em outras palavras, se Jade Picon tem o perfil que se enquadra com um pix de R$ 1,5 milhão seria possível a transferência pelo sistema. Agora, se de fato Jade transferiu tal quantia para o irmão não é possível saber, ao menos sem acesso a conta de um dos dois.

Depois da notícia ter saído na imprensa, Léo Picon desmentiu a história e deu a entender que tudo não passava de uma brincadeira. O valor que supostamente teria sido transferido para ele é igual ao prêmio do primeiro lugar do reality show.

Veja polêmica de adição passada clicando aqui. 

PIX novas regras

Outra exceção para liberação da transferência de R$ 1,5 milhão tem haver com o horário, desde outubro no período noturno, das  20hrs e às 6hrs o  Pix só é autorizado se tiver valor igual ou inferior a  R$ 1 mil. A medida foi adotada como tentativa de proteger os usuários a sequestros e golpes.

As mudanças passam por alteração de limite no período noturno a normas que obrigam o compartilhamento de informações de transações suspeitas com autoridades. Entenda abaixo o que muda.

Confira outras alterações nas regras:

 

  • Alteração de limite que deixará de ser instantânea em todos os meios de pagamento instantâneo.

 

  • O prazo máximo para alteração do limite será de 40h e no mínimo de 24h – isso se a solicitação for realizada por canal digital.
  • Além disso, as transferências Pix poderão ter limites menores definidos pelos titulares e, com isso, cadastro de contas que poderão receber acima do limite poderão ser indicadas pelo titular. Essa pode ser uma boa opção para liberar transferências maiores apenas para transferências de mesma titularidade. A indicação de contas diferentes e com limite maior poderá ser feita a partir de 4 de outubro.
  • Algumas transferências Pix agora também poderão demorar de 30 a 60 minutos, isso quando for identificado algum risco de fraude. O prazo mais curto será aplicado para transações durante o dia e o mais longo para aquelas que são feitas noite. Os usuários serão avisados no momento que os valores entrarem em análise e deverão aguardar a liberação, que deve acontecer normalmente se não for identificado ilegalidade.

 

  • As instituições financeiras também serão obrigadas a indicar no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) em qualquer conta que tenha movimentações que indiquem fraude. Antes a medida era opcional, apesar de recomendada.