De acordo com uma pesquisa realizada pela agência VLMY&R, a ferramenta PIX criada e gerida pelo Banco Central do Brasil é considerada a 22ª marca mais bem avaliada do Brasil. Segundo o BC, o PIX já atingiu mais de 120 milhões de contas ativas e possui cerca de 395 milhões de chaves cadastradas.
A pesquisa ainda mostrou que o PIX é mais bem avaliado que o iPhone (23º), Samsung Galaxy (24º) e Brastemp (25º). Além disso, o sistema de pagamentos instantâneos superou também outras outras marcas importantes do mundo digital, como o banco digital Nubank (29º) e o Instagram (33º).
Para Eduardo Daniel de Souza, que atua no departamento de comunicação do Banco Central, parte da divulgação e boa aceitação da ferramenta contou com o apoio de bancos particulares, que apostaram no sistema de pagamentos. “Criamos a marca pensando que ela precisava ser fácil para as pessoas falarem e estar em harmonia com as empresas que oferecem o serviço.”
Apesar do PIX ser muito bem avaliado entre a população brasileira, Luciano Deos, consultor em marcas da consultoria GAD, lembra que tecnicamente, o sistema de pagamentos não pode ser considerado uma marca. “A ideia de marca está ligada à perspectiva de concorrência, que permite que o consumidor escolha um produto em vez de outro. Isso não ocorre com o serviço oferecido pelo Banco Central.” explica.
“Se o Banco Central fosse privatizar o Pix, ele valeria por volta de R$ 180 bilhões: esse foi o montante que as maquininhas de pagamento e os grandes bancos deixaram de registrar com a chegada do serviço”, disse Hsia Hua Sheng, professor da Fundação Getúlio Vargas e especialista em precificação de valor de companhias. Para ele, o preço do PIX seria algo próximo ao valor de mercado do banco digital Nubank, que hoje vale aproximadamente US$ 35,9 bilhões, ou seja, R$ 185 bilhões.
Como já dito anteriormente, o PIX acabou ganhando muito espaço entre os brasileiros com bastante facilidade. Dessa forma, o Banco Central tem sempre estudado a implementação de novas ferramentas para auxiliar a população. A novidade mais recente é que o PIX poderá ser utilizado para receber a restituição do Imposto de Renda.
“Até ano passado, era possível indicar conta bancária, conta poupança e conta de pagamento. Neste ano, haverá uma nova opção, que será Pix. Ao assinar essa opção, não será necessário preencher conta bancária, será utilizada a chave Pix com o CPF, e a conta vinculada a essa chave é que receberá a restituição”, explicou o auditor fiscal e supervisor nacional do Imposto de Renda, José Carlos da Fonseca.
Para isso, é necessário que a chave PIX seja o CPF do titular da declaração. De acordo com a Receita Federal, não serão aceitos e-mails, telefones ou chaves aleatórias no ato da restituição. Neste ano a restituição será feita em cinco lotes entre os meses de maio e setembro. Os contribuintes que tiverem imposto a recolher também poderão realizar o pagamento por PIX.