O ministério da Economia prevê que o PIB do Brasil em 2021 seja elevado de 3,2% para 3,5%. No entanto, para 2022 os valores de 2,5% de alta se mantiveram, sem haver melhora na projeção.
As informações fazem parte do boletim Macrofiscal e foram divulgadas nesta terça-feira (18).
Os valores do PIB do Brasil estão sendo considerados dentro do cenário que o país enfrenta com dificuldades na economia e incertezas geradas principalmente pela pandemia da Covid-19.
“Deve-se salientar que a incerteza nas estimativas atuais ainda permanece significativamente elevada. Ademais, as projeções da atividade para este e para os próximos anos tornam-se particularmente sensíveis à divulgação dos dados e ao desenrolar dos efeitos da Covid-19 e do processo de vacinação, principalmente considerando os seus efeitos no PIB de longo prazo”, explicou o Ministério da Economia.
O ministério da Economia também comentou a relação do PIB do Brasil em relação a outros países.
“O cenário global mais favorável, embora ainda incerto, afetará positivamente o Brasil ao longo de 2021. Os indicadores econômicos no primeiro bimestre deste ano mostram que a atividade brasileira, a despeito do fim do auxílio emergencial, permaneceu em trajetória de elevação”, continua.
O ministério ainda defendeu a necessidade de consolidação fiscal e das reformas estruturais para dar estrutura para o crescimento econômico do PIB do Brasil.
PIB do Brasil e inflação
O crescimento do PIB do Brasil também acompanha outra alta temida por muitos brasileiros: a inflação.
É esperado que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, aumente de 4,42% para 5,05% em 2021.
Os resultados estão acima da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano, de 3,75%. Logo, a alta de juros pode se tornar uma realidade.
“A alta de juros é um remédio amargo numa conjuntura como a atual, na qual a pandemia persiste e os dados econômicos não encontram ainda a robustez desejada. Ao atacar a inflação de custo (o objetivo da elevação da Selic é controlar o câmbio) se ataca também a demanda como que ministrando um remédio com efeitos colaterais severos”, afirma ao portal Metrópoles, o economista-chefe da Nécton, André Perfeito.