A Petrobras divulgou uma péssima notícia para os motoristas do país nesta semana. Nesta terça-feira (15), a companhia promoveu o primeiro avanço no valor do combustível em mais de um ano, para tristeza dos motoristas.
Em resumo, a Petrobras anunciou uma alta de 16,3% no valor da gasolina comercializada para as distribuidoras. Com isso, o litro do combustível vai subir de R$ 2,52 para R$ 2,93, uma alta de 41 centavos. Esse é o maior valor da gasolina desde maio (R$ 2,78), ou seja, em mais de dois meses.
A título de comparação, a Petrobras estava comercializando a gasolina a R$ 3,08 por litro no final de 2022. Isso quer dizer que o preço do combustível, apesar do forte avanço, continua mais barato no país em relação a 2022.
O reajuste anunciado nesta terça-feira não se referiu apenas à gasolina. A saber, o óleo diesel também terá um reajuste, ainda mais forte que a gasolina, de 25,8%, o que corresponde a 78 centavos. Com isso, o valor médio vai subir de R$ 3,02 para R$ 3,80.
A saber, os preços nos postos de combustíveis são bem mais altos que os das distribuidoras. Isso acontece porque há outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra. Por isso, a população deve pesquisar os preços mais econômicos para não pagar mais caro do que poderiam.
A Petrobras esclarece que a parcela da companhia no preço repassado ao consumidor será, em média, de R$ 2,14 após a redução promovida. Esse percentual se refere ao combustível que tem mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos.
“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda“, informou a Petrobras em nota.
Por isso que os preços comercializados nas distribuidoras do país são bem maiores, justamente por causa das variáveis citadas. Para os consumidores resta procurar postos com preços mais acessíveis, já que sempre pagam mais caro para abastecerem seus veículos.
Os motoristas estão bastante preocupados com o novo reajuste anunciado pela Petrobras. O valor da gasolina comercializada pela empresa está menor que o de 2022. No entanto, nos postos de combustíveis, os preços estão mais altos devido aos impostos.
Em síntese, o governo federal voltou a cobrar os impostos de maneira integral no país. Essa cobrança atingiu os impostos federais PIS e Confins. Também houve unificação da alíquota do ICMS, que aumentou o valor da gasolina em quase todo o país.
Em outras palavras, os preços da gasolina estão mais elevados neste ano para os consumidores por causa dos impostos. A Petrobras até reduziu fortemente os valores, mas nem isso conseguiu impedir a alta dos preços nas bombas.
Em meio a toda a preocupação com a alta da gasolina, os consumidores se perguntam quando os novos valores vão começar a valer no país.
“A partir de amanhã (16/08), a Petrobras aumentará em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,93 por litro“, explicou a Petrobras, em nota.
Isso quer dizer que os consumidores têm algumas horas para tentar abastecer o tanque de combustível dos seus veículos com os valores antigos, antes do reajuste da Petrobras.
Embora tenha elevado o valor, a companhia destacou que os preços seguem inferiores aos observados no final de 2022. “No ano, a variação acumulada do preço de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,15 por litro“, destaca a empresa.
A Petrobras estava comercializando a gasolina e o diesel com uma defasagem muito elevada. Em resumo, isso acontece quando a companhia aplica valores mais baixos que o mercado internacional, o que caracteriza defasagem dos preços.
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já havia expressado preocupação com a companhia, visto que a defasagem da gasolina estava em 26% ante os preços internacionais. Em relação ao diesel, a defasagem chegava a 30%.
Isso aconteceu devido aos vários reajustes promovidos pela Petrobras nos últimos meses. Em meados de maio, a Petrobras reduziu o valor da gasolina em 40 centavos por litro. Cerca de um mês depois, houve uma nova redução, dessa vez de 12 centavos. O último reajuste ocorreu no dia 1º de julho, de 14 centavos.
Isso quer dizer que o preço da gasolina ficou 66 centavos mais barato no país desde meados de maio, caindo de R$ 3,18 para R$ 2,52. Contudo, como a situação estava insustentável, e a companhia aumentou os valores nesta terça-feira (15).