Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, afirmou em uma entrevista recente, que a guerra no Oriente Médio pode trazer como consequência direta, o aumento de combustíveis derivados do petróleo. Todavia, ele citou o diesel e gasolina que podem ter uma elevação de seus valores, seguindo o mercado internacional.
A princípio, a Petrobras pode tomar a decisão de reajustar os preços dos combustíveis no Brasil se houver uma elevação expressiva devido ao cenário atual. Jean Paul Prates afirma que a política de preços não é só da estatal, mas sim de todo o país. Sendo assim, é possível minimizar um pouco os efeitos da guerra.
De acordo com o presidente da Petrobras, “Na guerra, provavelmente vai ter aumento de volatilidade. Haverá variações muito especulativas em cima disso aí e a situação vai mostrar como é útil e como está dando certo a política de preços atual, pelo menos da Petrobras, como ela é capaz de mitigar um pouco esses efeitos”.
Jean Paul Prates afirmou essa posição durante um evento organizado pela Câmara de Comércio Noruega e Brasil, pelo Innovation Norway e pelo consulado da Noruega na cidade do Rio de Janeiro. Ele diz que a Petrobras neste momento não está se preparando para as consequências da guerra atual no Oriente Médio.
Petrobras e a guerra no Oriente Médio
Ademais, para o presidente da Petrobras não há muito a ser feito além do que a estatal já vem fazendo nos últimos tempos, em relação ao reajuste de preços de combustíveis como a gasolina e o diesel. Para ele, é necessário que a estatal tenha habilidade para acompanhar os valores negociados e ir se organizando melhor.
Jean Paul Prates afirmou que se houver uma necessidade real de reajustar o preço dos combustíveis, principalmente os do diesel, a Petrobras irá fazê-lo. A decisão depende essencialmente da volatilidade do conflito entre Israel e a Palestina, que teria consequências diretas nos preços negociados no mercado internacional.
Guerra entre Israel e Palestina
Analogamente, até o momento, a guerra no Oriente Médio já causou a morte de cerca de 1,2 mil pessoas. Por conta do conflito com o Hamas, Israel intensificou seus bombardeios na Faixa de Gaza. Neste momento, seus soldados buscam proteger a fronteira de seu país contra novos ataques, e expulsar membros terroristas da região.
Segundo o porta-voz do exército israelense, Richard Hecht, a caça ao Hamas está demorando um pouco mais do que o esperado, devido ao fato de que existem inúmeras brechas dentro da fronteira do país. Os combates têm acontecido em diversas regiões ao sul de Israel. Mais de mil alvos já foram atingidos na Faixa de Gaza.
Israel possui um sistema de defesa anti-mísseis chamado de Domo de Ferro. O equipamento consegue destruir em pleno ar, foguetes, obuses e drones que podem ter como alvo, as zonas habitadas da região. O aparelho é capaz de interceptar mísseis em um raio entre 4 a 70 quilômetros em qualquer situação climática.
O que é o grupo Hamas
O grupo Hamas é a maior organização islâmica da Palestina. Ele assumiu no sábado passado o ataque surpresa em Israel, que teve ao todo, cem mortos e cerca de 700 feridos. Aliás, pode-se dizer que ele é um movimento nacionalista, sendo considerado terrosita pelos Estados Unidos e pela União Européia.
O Hamas tem como base a Faixa De Gaza, desde sua instituição, na década de 1980. O nome vem do Harakat al-Muqawarnat al-Slamyyah e significa “Movimento de Resistência Islâmica”. Ele é considerado “A primeira Intifada” ou “Guerra das Pedras”, sendo uma manifestação contra a ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
O ataque que aconteceu no sábado pelo Hamas, e a declaração de guerra feita por Israel, fez com que as tensões no Oriente Médio aumentassem exponencialmente. Aliás, há pouco tempo atrás, aconteceu uma reaproximação nas relações entre algumas nações árabes e o estado de Israel. Mas isso não deteve o ataque Palestino.
Antes da declaração de guerra entre Israel e a Palestina, os Estados Unidos fizeram uma negociação com os líderes da Arábia Saudita e Israel, para normalizar as suas relações. Em síntese, o conflito atual ainda não impactou diretamente os valores negociados pelos derivados de petróleo no mercado internacional.