O preço da gasolina voltou a subir no país, após duas semanas de queda. Os motoristas do país tiveram que pagar um pouco mais caro para abastecer o tanque de combustível dos veículos, mas a alta foi tão leve que nem deve ter sido sentida por muitas pessoas.
Os combustíveis comprometem a renda de milhares de brasileiros todos os meses, figurando como uma das principais despesas de diversas famílias que possuem veículos. Por isso, qualquer queda no preço da gasolina é comemorada pelos motoristas.
De acordo com o levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina ficou 0,19% mais cara nos postos do país na semana passada. Esse resultado surpreendeu os motoristas, que esperavam mais uma redução no preço do combustível, até porque a Petrobras reajustou duas vezes o valor da gasolina nas últimas semanas.
De todo modo, o avanço no preço do combustível correspondeu a apenas um centavo. Com isso, o preço médio da gasolina subiu de R$ 5,35 para R$ 5,36, mantendo-se em nível bastante alto no país, comprometendo a renda de diversas pessoas que utilizam combustíveis.
Preço da gasolina segue elevado no país
A alta no preço da gasolina desanimou os motoristas do país. Em suma, muitas pessoas esperavam mais uma queda no valor médio da gasolina devido aos dois reajustes promovidos pela Petrobras nas últimas semanas,
A saber, a companhia reduziu em 4,3% o preço da gasolina comercializada para as distribuidoras em meados de junho. Como os postos de combustíveis demoram mais tempo para repassar os reajustes da Petrobras, a expectativa era que houvesse mais quedas ao longo das semanas, mas isso não aconteceu.
A próxima atualização da ANP deve trazer uma notícia positiva para os brasileiros. Visto que a Petrobras reduziu novamente o preço da gasolina no último sábado (1º), dessa vez em 5,3%.
Essas duas últimas reduções corresponderam a 26 centavos, mas o reajuste não chega integralmente aos consumidores. Ainda assim, os motoristas torcem por reduções significativas no valor do combustível nas próximas semanas.
Cabe salientar que a mudança aprovada pelo Ministério da Fazenda em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis ajudou a encarecer a gasolina no país em junho.
Até o final de maio, os estados brasileiros determinavam qual seria a alíquota do tributo que iria incidir sobre a gasolina. No entanto, desde o dia 1º de junho, o imposto passou a cobrar uma taxa única, que não é mais em percentual, mas agora é em real, no valor de R$ 1,22 por litro do combustível.
Essa mudança na cobrança do ICMS foi bastante negativa para os consumidores, pois o preço dos combustíveis ficou mais alto nas bombas da maioria dos estados brasileiros. Em suma, a alíquota do ICMS cobrada na maioria dos estados era menor que R$ 1,22, ou seja, a unificação do tributo elevou o valor da gasolina.
Gasolina fica mais cara na semana
Na semana passada, o preço do combustível ficou mais caro em duas regiões brasileiras: Centro-Oeste (oito centavos) e Nordeste (cinco centavos). Por outro lado, o valor caiu no Sul (dois centavos) e no Sudeste (um centavo), mas os recuos não impediram a alta nacional. Já na região Norte, o preço se manteve estável em relação à semana anterior.
Com o acréscimo desses resultados, os valores médios da gasolina, registrados nas regiões brasileiras, foram os seguintes:
- Norte: R$ 5,62;
- Sul: R$ 5,43;
- Nordeste: R$ 5,39;
- Centro-Oeste: R$ 5,34;
- Sudeste: R$ 5,25.
A ANP revelou que o preço médio da gasolina caiu em 15 das 27 unidades federativas (UFs). Em contrapartida, o valor do combustível subiu em nove locais, com destaque para Goiás (20 centavos), Bahia (14 centavos) e Ceará (13 centavos), que impulsionou o valor nacional.
Com isso, os valores médios mais altos da gasolina foram registrados nos seguintes estados:
- Acre: R$ 6,03;
- Amazonas: R$ 6,02;
- Rondônia: R$ 5,86;
- Roraima: R$ 5,68;
- Rio Grande do Norte: R$ 5,66;
- Tocantins: R$ 5,61.
Em síntese, os estados da região Norte tiveram os maiores preços do país. Isso explica a posição da região no ranking nacional, figurando no primeiro lugar da lista.
Por outro lado, os menores valores foram encontrados nas seguintes UFs:
- Amapá: R$ 4,96;
- Maranhão: R$ 5,09;
- Minas Gerais: R$ 5,15;
- Paraíba: R$ 5,16;
- Mato Grosso do Sul: R$ 5,18.
Embora um estado nortista tenha apresentado o menor preço médio do país, o Norte teve o maior valor nacional devido aos valores registrados nos demais estados da região.