Na última terça-feiraem Brasília, a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/CONTEC se reuniu com a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL dentro do calendário de negociações da campanha salarial. Nessa reunião foram debatidas cláusulas referentes a condições de trabalho, contratação de pessoal, aposentados e carreira profissional.
Nesta terceira rodada de negociações a Caixa manteve a sua intransigência na negociação. Se negou, como já vinha fazendo, a negociar qualquer reivindicação dos empregado com negativas a qualquer avanço nas reivindicações.
A Comissão CONTEC cobrou da Caixa a contratação de pessoal. O banco, no entanto, afirmou que não irá contratar pois já cumpriu o acordo de contratação de 2 mil empregados. Os representantes da CONTEC contestaram a informação, manifestando que ACT 2014 prevê a contratação de MAIS 2 mil empregados. Ou seja, que seria acrescido ao quadro de pessoal existente mais 2 mil empregados.
A CAIXA se manteve irredutível, e a comissão CONTEC solicitou que o protesto fosse consignado em ata, para que possamos avaliar juridicamente a proposição de ação jurídica visando o cumprimento do acordo. A CONTEC pediu que constasse ainda que, só no último Plano de Apoio a Aposentadoria (PAA), deixaram a CAIXA cerca de 3.200 empregados.
Veja: Concurso do Banco do Brasil será divulgado em 2016.
No debate sobre direitos dos aposentados ao auxílio alimentação e cesta alimentação, a Caixa ficou irredutível e negou a extensão desse direito aos seus aposentados alegando dificuldades financeiras e impedimento por parte do controlador.
A comissão CONTEC cobrou da Caixa que a adoção de critérios objetivos de descomissionamento, adotando como método três avaliações negativas semestrais consecutivas para retirada de função de confiança. A Caixa, porém, mais uma vez, negou a reivindicação dos empregados.
A Caixa se negou a discutir também os critérios de dimensionamento de empregados nas unidades com uma quantidade mínima de 20 empregados para o bom funcionamento das agências e atendimento da sociedade. A Caixa alegou que utiliza critérios múltiplos nessa avaliação com utilização de vários indicadores.
A CONTEC também solicitou também critérios objetivos para definição das transferências feitas a pedido dos empregados, já que a metodologia hoje é completamente subjetiva. Segundo ele, há registros antigos de empregados não atendidos, e novos empregados ocupando a vaga. Mais uma vez a Caixa se recusou a negociar.
No debate sobre monitoramento de resultados e cobrança de metas, se mantiveram as negativas da Caixa para as reivindicações apresentadas sob alegação que suas ações estão de acordo com o praticado no mercado. A CONTEC enfatizou que essas ações da Caixa adoecem os trabalhadores e precarizam ainda mais as relações de trabalho.
As negativas da Caixa se estenderam a reivindicações relativas ao pagamento de porte para todos os empregados; função gratificada de atendimento social; movimentação de pessoal e adicional de fronteira.
Há previsão de nova rodada de negociação em São Paulo/SP, porém sem data definida. E diante da intransigência da Caixa em todos os pleitos dos empregados em todas as rodadas de negociação, a CONTEC convocará todas as federações e sindicatos a intensificarem a mobilização da categoria em todo o país.