A partir do próximo dia 1º de abril, medicamentos poderão ter um reajuste de 5% em seus preços em todo o país. Este é o limite de aumento estabelecido pelo Governo Federal e que deve ser seguido pelas farmácias de todas as regiões. Este limite estabelecido pode ser apresentado pelo poder executivo uma vez por ano.
A indústria da farmácia estima que este aumento máximo de 5% deverá servir para acompanhar a inflação do ano passado, que fechou em 5,6%. Enquanto o dia 1º de abril não chega, farmácias já preparam uma série de promoções com os preços atuais, antes da mudança ser concretizada.
O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos afirma que nos últimos 10 anos, o preço dos medicamentos subiu 76,79% em todo o país. Embora a taxa seja considerada alta, ela está abaixo da evolução da inflação neste mesmo período, que chegou a ser de 90,24%.
Como parte importante da população gasta grande fatia do salário com remédios, a perspectiva de um novo aumento preocupa. Neste sentido, alguns cidadãos já estão planejando comprar os remédios com antecedência e fazer um estoque para que o baque com o aumento a partir de abril não seja dos maiores.
Vale lembrar que o reajuste de até 5% estabelecido pelo Governo Federal pode ser repassado pelas farmácias ao consumidor de uma só vez, o que faria a elevação ser sentida ainda com mais força. Contudo, a farmácia também pode optar por repassar este aumento de forma parcelada para facilitar um pouco mais a vida dos seus clientes.
Sabendo que muitas pessoas costumam fazer o estoque de medicamentos antes da alta, farmácias costumam oferecer condições mais vantajosas para o cidadão que deseja fugir do aumento ainda em março.
Uma dica para o indivíduo que está com o orçamento apertado é fazer as contas para saber se as vantagens oferecidas pela farmácia em questão são realmente mais vantajosas do que a opção de simplesmente pagar pelos remédios mais caros a partir de abril.
Parte das farmácias opta por oferecer um parcelamento maior. Cabe, portanto, ao cidadão fazer as contas para entender se este maior prazo para completar a compra é ou não vantajoso para o seu caso específico.
Para quem está em condição de vulnerabilidade social, uma dica é recorrer ao sistema do Farmácia Popular. O programa do Governo Federal não exige nenhum tipo de inscrição prévia, e o cidadão precisa apenas fazer a compra em um estabelecimento conveniado.
No sistema do Farmácia Popular, o cidadão pode comprar remédios para uma série de doenças graves com altos descontos, ou ainda de forma gratuita em casos específicos.
No final do ano passado, o Congresso Nacional aprovou a chamada PEC da Transição com a recomposição do orçamento para este programa. O movimento permitiu a continuidade deste formato de projeto para o ano de 2023.
De todo modo, a simples existência do Farmácia Popular não diminui a pressão sobre boa parte dos brasileiros que ainda precisam de ajuda para comprar os remédios, que a cada ano que passa, se tornam cada vez mais caros.