As aulas presenciais estão suspensas desde março deste ano em decorrência do cenário da Covid-19. Desse modo, os professores têm trabalhado através do ensino remoto.
Nesse período, o Instituto Península tem ouvido os educadores nesse processo por meio de uma pesquisa. Intitulada Sentimento e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágios do coronavírus no Brasil, a pesquisa está em sua 3ª fase.
Os dados divulgados nesta segunda-feira (31) apontam, desse modo, números diversos das etapas anteriores. Assim, nos últimos três meses houve aumento no número de professores que se sentem cansados e estressados com o ensino remoto.
Em maio deste ano apenas 35% dos docentes se diziam sobrecarregados. Porém, em agosto, o número subiu para 53%. Houve aumento também no número daqueles que se consideram frustrados (34%) e depressivos (20%).
Nesse sentido, apenas 2% dos 3,8 mil professores ouvidos em todo o país se consideram realizados com a profissão.
Volta às aulas
Os índices de bem-estar dos professores durante a pandemia indicaram aumento dos sentimentos negativos e baixa nos positivos. Apesar disso, ainda de acordo com a pesquisa, a maioria teme volta às aulas.
A maioria se declarou “nada confortável” para o retorno das aulas ao serem perguntados sobre a reabertura das escolas. Os docentes temem principalmente as condições sanitárias para a volta às aulas e maioria tem receio da contaminação (83%).
Assim, para os docentes entrevistados, o maior desafio para a reabertura das escolas diz respeito às condições sanitárias (86%). Há entre os docentes muita preocupação com o risco do abandono e da evasão escolar e com a necessidade de lidar com as demandas emocionais dos alunos na volta às aulas. Além disso, cerca de 70% indicou preocupação de recuperar a aprendizagem perdida.
As informações são do Instituto Península.
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