Pesquisa lista rede sociais mais usadas por brasileiros
Levantamento leva em conta a porcentagem de aplicativos instalados nos smartphones de entrevistados
Pela primeira vez, a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de Apps no Brasil – Dezembro de 2022 comparou a penetração dos apps de plataformas sociais na base brasileira de usuários de smartphones. Nesta primeira abordagem, foram listadas para monitoramento: Facebook, Instagram, Kwai, LinkedIn, TikTok e Twitter.
Dessa lista, o Instagram é disparado o mais popular no País, instalado em 92% dos smartphones nacionais. Sua utilização é equilibrada quando analisado por classe social. Mas há uma diferença por gênero e por idade: o Instagram está instalado em 95% dos smartphones de mulheres e em 88% dos smartphones dos homens. Na análise por faixa etária, nota-se uma penetração maior em dispositivos de jovens de 16 a 29 anos (95%), em comparação com os grupos de 30 a 49 anos (92%) e com mais de 50 anos (86%).
O Facebook é a segunda plataforma social mais popular em mobile no Brasil, instalado em 85% dos smartphones nacionais. Sua distribuição é equilibrada por gênero e classe social. Contudo, é o único dos seis apps analisados que apresenta uma proporção crescente conforme a idade. Entre as pessoas de 16 a 29 anos, 82% têm o Facebook instalado no smartphone. O percentual sobe para 85% no grupo de 30 a 49 anos e chega a 86% entre aqueles com 50 anos ou mais.
TikTok aparece na sequência
O TikTok, embora mais novo, já ocupa a terceira posição em popularidade nos smartphones brasileiros, mas ainda bem atrás de Instagram e Facebook, instalado em 41% dos aparelhos. Sua principal característica é a juventude dos usuários. Dentre os apps pesquisados é aquele com a maior diferença por faixa etária: está instalado em 48% dos smartphones dos brasileiros com 16 a 29 anos; ante 40%, na faixa de 30 a 49 anos; e 33%, no grupo com 50 anos ou mais. Nota-se também uma diferença por classe social: o TikTok está em 42% dos smartphones das classes C, D e E e em 34% nas classes A e B.
Seu rival direto Kwai está nove pontos percentuais atrás, instalado em 32% dos smartphones brasileiros, sendo a plataforma social com menor popularidade da lista. Curiosamente, o Kwai não apresenta uma diferença tão acentuada por faixa etária quanto o TikTok, mas por classe social, sim: está em 33% dos smartphones das classes C, D e E e em 25% nas classes A e B. Isso se dá, provavelmente, pela sua política de remuneração aos usuários conforme o uso do app.
Instalado em 37% dos smartphones nacionais, o app do Twitter chama a atenção por ter um público masculino bem maior que o feminino: 45% dos homens têm o Twitter instalado, contra 30% das mulheres.
Por fim, o LinkedIn, dentre as plataformas sociais monitoradas nesta pesquisa, é a que apresenta a maior diferença de penetração a favor das classes A e B, instalado em 42% dos seus smartphones, ante 33% das classes C, D e E. Na média, o LinkedIn está presente em 35% dos smartphones nacionais.
Por que chamar de plataformas e não redes sociais?
Quando o termo “rede social” surgiu a referência era o Orkut, algo que já faz cerca de 15 anos, e serviu para descrever plataformas nas quais as pessoas criam perfis para interagir umas com as outras em ambiente online. De lá para cá surgiram vários outros serviços digitais que podem ser classificados como “redes sociais”, embora tenham propósitos, mecânicas de interação ou público-alvo bem diferentes.
Alguns, aliás, preferem não ser rotulados como redes sociais. O Twitter, por exemplo, se autointitula como uma rede de microblogs. O LinkedIn é uma rede social, mas com foco específico no mercado de trabalho. E os novatos TikTok e Kwai preferem ser vistos como aplicativos para criação e distribuição de vídeos curtos.
Na visão da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de Apps no Brasil – Dezembro de 2022, talvez o termo “rede social” de fato não se aplique a todos esses exemplos, por isso nesta optou-se por chamá-los de “plataformas sociais”. Por mais que não disputem exatamente o mesmo público, ou o mesmo momento do dia, são apps que têm entre suas funcionalidades principais:
- ferramentas para produção e distribuição de conteúdo (texto, imagem ou vídeo) de forma aberta ao público;
- ferramentas para construção de uma audiência (amigos, seguidores etc);
- ferramentas para comunicação pública e/ou privada entre usuários (comentários, mensagens, reações etc).
Metodologia da pesquisa
A Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de apps no Brasil é uma pesquisa independente realizada por uma parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções em pesquisas Opinion Box. O questionário foi elaborado por Mobile Time e aplicado on-line entre 9 e 21 de novembro de 2022 por Opinion Box junto a 2.039 brasileiros com 16 anos ou mais que acessam a Internet e possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.