Uma pesquisa inédita, divulgada nesta sexta-feira (22), revelou que, após cinco anos de queda, houve um crescimento no número de empresas ativas no Brasil em 2019. A pesquisa foi realizada pelo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados divulgados, houve um acréscimo de 6,6% na comparação com 2018.
A pesquisa, intitulada Demografia das Empresas e Empreendedorismo, revela as taxas de entrada, saída e sobrevivência das empresas, além de outros dados referentes à saúde empresarial. Além disso, a pesquisa também apresenta recortes por atividades econômicas e por regiões do país.
O IBGE reúne indicadores a respeito dos dados de empresas do país anualmente desde 2008. No levantamento, não são considerados dados fora do ambiente empresarial, como órgãos públicos, entidades sem fins lucrativos, microempreendedores individuais (MEI) e organizações sociais (OS).
Dessa maneira, a análise das empresas que mais geraram empregos no período considerado pode ser utilizada como material de apoio para estudos futuros sobre o tema. Sobretudo, temas relacionados à políticas públicas que visam fomentar a geração de empregos no Brasil. O IBGE aponta ainda que, os dados reunidos na pesquisa são importantes para avaliar o dinamismo empresarial no país.
Crescimento no país
No ano de 2019, existiam 4,7 milhões de empresas no Brasil com idade média de 11,7 anos. Nesse contexto, cada empresa contava com 33,1 milhões de trabalhadores assalariados. Sendo assim, nesse mesmo ano, as entradas de novas empresas totalizaram 947,3 mil. Com 656,4 mil saídas de trabalhadores, o saldo positivo foi de 290,9 mil.
Segundo o IBGE, parte do resultado pode refletir um ajuste na base geral dos dados. Isso se justifica pois a pesquisa usa como referência o Cadastro Central de Empresas (Cempre) do próprio instituto, que é atualizado todos os anos a partir de outros estudos.
A pesquisa também leva em conta a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), registros administrativos do Ministério do Trabalho e Previdência. No entanto, em 2019, a referência foi o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial).
“Observa-se que as 4,7 milhões de empresas ativas tinham 5,2 milhões de unidades locais também ativas, das quais 50,5% estavam localizadas na Região Sudeste; 22,5%, na Região Sul; 14,9%, na Região Nordeste; 8,4%, na Região Centro-Oeste; e 3,7%, na Região Norte”, constatou o IBGE.
Empresas sobreviventes
Ainda no ano de 2019, das 4,7 milhões de empresas existentes no país, 79,8% eram sobreviventes e 20,2% representam novas entradas. Além disso, a pesquisa mostra que a média salarial mensal das empresas sobreviventes é em média R$ 1.000 superior à média salarial mensal das empresas iniciantes.
Por fim, a pesquisa demonstrou ainda a evolução das empresas que foram criadas cinco anos antes das de 2019, isto é, em 2014. Nesse sentido, os resultados mostram que 77,2% das empresas sobreviveram após um ano de funcionamento, 64,9% após dois anos, 54,8% após três anos e 46,3% após quatro anos.