Em meio ao cenário de pandemia do Covid-19, os jovens e estudantes de modo geral passaram a estudar online. Entretanto, mesmo se tratando de uma geração nativa digital, 71,7% afirmam que o ensino a distância impactou negativamente nos estudos.
De acordo com uma pesquisa feita pela plataforma social Yubo, 57.6% dos jovens brasileiros disseram complementar os estudos usando as redes sociais. Participaram mais de 2400 jovens da geração Z.
De todos os entrevistados, 89,5% estudam na rede pública de ensino nacional em escolas, cursos técnicos e universidades. A modalidade do EAD (ensino à distância), adotada nacionalmente após as medidas de distanciamento social, foi reprovada na opinião da maioria dos estudantes.
Cerca de 71% dos jovens considerou que o EAD impactou negativamente o processo de aprendizado, enquanto 17% disse não sentir diferença e 10% conseguiu aprofundar seus estudos com a nova modalidade de ensino. Com as aulas virtuais, 57,6% afirmou que usou as redes sociais para pesquisar conteúdos para complementar com o aprendizado em aula. Assim como 30% recorreu aos amigos através de mensagens e grupos de estudo.
“Muitos dos jovens mundialmente se viram forçados a ter aulas virtuais por conta da pandemia e das medidas de isolamento social. E isso os levou a procurar formas diferentes de complementar seus estudos. As redes sociais, que normalmente eram aproveitadas para momentos de lazer e relaxamento, ganharam uma nova função nas mãos dessa geração”, diz Sacha Lazimi, CEO e cofundador do Yubo.
Retomada das aulas presenciais
Até o momento, redes públicas de 15 estados têm previsão de retomada presencial das aulas em 2021. Cerca de 41% dos usuários do Yubo afirmaram que suas redes de ensino ainda não decidiram sobre o retorno presencial e 16% voltará a ter aulas nas escolas.
Ao mesmo tempo, 43% afirmou preferir as aulas presenciais e 25% gostaria do ensino dividido entre presencial e EAD, pois sente que o ensino à distância se saturou. Entre os familiares, 38% considera “perigoso” o retorno presencial às aulas, enquanto 24% acha “necessário”.
Pesquisa sobre Enem
Yubo entrou em contato com mais de 2.400 jovens da geração Z para perguntar também sobre o ENEM.
Dos usuários da plataforma, 80% se mostraram favoráveis ao adiamento por motivos decorrentes da atual pandemia. Além disso, 53% considerou necessário adiar o Enem para “evitar o contágio pelo coronavírus”.
Enquanto 26% se dizia a favor de uma nova data pois “não deu para estudar bem para a prova por conta do EAD” e 0,3% gostaria de um adiamento já que não se encontra em condição financeira de pagar o transporte até o local do exame.
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