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Passa de 1.000 o número de casos de coronavírus no Brasil; 18 mortes confirmadas

Até as 13h30 deste sábado, 21 de março, as secretarias estaduais de Saúde divulgaram 1.021 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 25 estados e no Distrito Federal. Segundo dados oficiais, são 18 mortes no Brasil, 15 em São Paulo e três no Rio de Janeiro.

Na tarde da última sexta-feira, o Ministério da Saúde atualizou os números informando que o Brasil tem um total de 904 casos confirmados de coronavírus e 11 mortes.

Veja o quadro por estado:

Estado Secretarias da Saúde Ministério da Saúde
AC 7 7
AL 6 5
AP 1 1
AM 7 3
BA 34 33
CE 68 55
DF 108 87
ES 16 13
GO 18 15
MA 1 0
MT 2 1
MS 12 9
MG 38 35
PA 2 2
PB 1 1
PR 36 32
PE 31 30
PI 4 3
RJ 110 109
RN 6 1
RS 56 37
RO 1 1
RR 0 0
SC 51 21
SP 396 396
SE 7 6
TO 2 1
Total 1021 904

 

Segundo informações do ministério, já existe transmissão comunitária em algumas áreas do país. A pasta disse que há esse tipo de transmissão em dois estados, três capitais e uma região de um estado no Sul. A transmissão comunitária ou sustentada é aquela quando não é possível rastrear qual a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre pessoas que não viajaram ou tiveram contato com quem esteve no exterior.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, a pasta não mudará agora o critério adotado na fase de mitigação, e só as pessoas com casos graves serão testadas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, na última sexta-feira (13), que os países apliquem testes em massa para descobrir quem está infectado e isolar esses pacientes para “achatar a curva” da disseminação da doença Covid-19.

Disparada dos casos de coronavírus em abril

Segundo o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante apresentação com o presidente Jair Bolsonaro, infecções por coronavírus deverão disparar no Brasil entre os meses de abril e junho.

“A gente deve entrar em abril e iniciar a subida rápida [de infecções]. Essa subida rápida vai durar o mês de abril, o mês de maio e o mês de junho, quando ela vai começar a ter uma tendência de desaceleração de subida”, Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde.

Segundo estimativas do Ministério da Saúde, os casos de transmissão de Covid-19, infecção causada pelo coronavírus, deverão perder velocidade a partir de julho e, em agosto, é esperado que as ocorrências comecem a cair.

“O mês de julho, ela deve começar um platô. Em agosto, esse platô vai começar a mostrar tendência de queda. Em setembro é uma queda profunda, tal qual foi uma queda de março na China. Esse é o cenário que o mundo ocidental está trabalhando” – Mandetta.

Governo promete liberar FGTS

Segundo o Governo Federal, novas medidas vão impactar nos procedimentos a serem realizados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) Programa de Integração Social (PIS).

De acordo com informações do governo, serão destinados nada menos que R$ 147,3 bilhões em medidas emergenciais para socorrer setores da economia e grupos de cidadãos mais vulneráveis, além de evitar a alta do desemprego. Do valor total, R$ 83,4 bilhões devem ser destinados à população mais pobre e/ou mais idosa. Veja as medidas anunciadas pelo governo que impacta no FGTS, INSS e PIS:

  • O governo vai antecipar a primeira parcela do 13º de aposentados e pensionistas do INSS para abril – liberação de R$ 23 bilhões;
  • Governo vai antecipar o valor da segunda parcela do 13º de aposentados e pensionistas do INSS para maio – liberação de mais R$ 23 bilhões;
  • Guedes confirmou transferência de valores não sacados do PIS/Pasep para o FGTS, para permitir novos saques – impacto de até R$ 21,5 bilhões;
  • Governo vai antecipar abono salarial para junho – liberação de R$ 12,8 bilhões;
  • Diferimento do prazo de pagamento do FGTS por 3 meses – impacto de R$30 bilhões; e
  • Governo decide suspender a prova de vida dos beneficiários do INSS por 120 dias.

Ao apresentar as medidas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o sistema econômico responde a esse tipo de pandemia de foma similar ao corpo humano. “Igualzinho esse coronavírus, afeta mais as fatias mais vulneráveis. Os mais idosos são mais vulneráveis porque a defesa imunológica é mais baixa”, disse.

“A economia é igual. Uma economia resiliente, com a parte de fundamentos fiscais no lugar, estrutura firma, reformas estruturantes, ela mantém a resiliência e fura essa onda. O Brasil está começando a reaceleração econômica, aí vem uma turbulência e ele tem condições de ultrapassar isso. São três, quatro meses.”

Veja também: Por causa do Coronavírus, INSS restringe funcionamento de agências até as 13h