O Governo Federal acabou de concluir os pagamentos da quarta parcela do Auxílio Emergencial. E mesmo tanto tempo depois do início dos repasses, alguns partidos dizem que estão confiantes que ainda podem tentar fazer o Planalto aumentar os valores que eles estão pagando atualmente.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 37 milhões de brasileiros estão recebendo parcelas que variam entre R$ 150 e R$ 375 a depender do cidadão. Isso é um patamar portanto mais baixo do que aquele que o próprio Governo Federal pagou durante os repasses do ano passado.
Para se ter uma ideia, o Governo pagou em 2020 montantes que chegaram até em R$ 1200 por pessoa. Pelo menos era assim que funcionava para as mulheres chefes de família. Agora em 2021, esse mesmo grupo ganha no máximo R$ 375 por mês. E normalmente há um espaçamento até maior do que 30 dias entre um pagamento e outro.
Há alguns meses, partidos de oposição como PT, PDT, PCdoB e PSB se reuniram em Brasília para tratar uma estratégia. O objetivo era fazer com que o Palácio do Planalto aumentasse os valores atuais do Auxílio para a casa dos R$ 600 para todos os grupos. Não se sabe o que eles tentaram fazer de fato, mas sabe-se que não deu certo.
O Governo Federal não aumentou o valor do benefício até agora. E de acordo com informações de membros do Planalto, isso não vai acontecer daqui para frente. O que significa dizer que o esforço que a oposição afirma que está fazendo aparentemente não está surtindo muito efeito dentro do poder executivo.
Oposição quer Auxílio de R$ 600
Nesta sexta (8), o PCdoB publicou um texto em seu site oficial. Nesta publicação, eles pedem mais uma vez para que o Governo Federal aumente o valor do Auxílio Emergencial para a casa dos R$ 600. Eles argumentam que muita gente no país está passando fome.
O fato é que o PCdoB e outros partidos de oposição estão apostando fortemente na mobilização popular para tentar aumentar esses valores. Nos últimos meses, várias pessoas estão indo às ruas com pautas contrárias ao Governo Bolsonaro.
No entanto, pelo menos pelo que se sabe até aqui, o Planalto não vai mesmo mudar de ideia quanto a isso. De acordo com membros do Ministério da Economia, se o Governo aumentar esses patamares, pode se complicar na hora de cumprir o teto de gastos públicos.
Bolsa Família
Se não vai ter aumento no Auxílio Emergencial, o mesmo não pode se falar do novo Bolsa Família. Pelo menos de acordo com o Governo Federal, o novo projeto social vai ter uma elevação considerável na média de pagamentos.
De acordo com o Ministério da Cidadania, o valor médio dos repasses do benefício está na casa dos R$ 190. A ideia do Presidente Jair Bolsonaro é subir isso para a casa dos R$ 400. Há, no entanto, quem discorde dessa ideia.
Segundo informações da imprensa, membros do Ministério da Economia temem que esse aumento possa acabar comprometendo o teto de gastos. De qualquer forma, o fato é que o Governo Federal ainda está debatendo esses pontos.