O parnasianismo ficou amplamente conhecido por ter “a arte pela arte” como lema. Surgido na França, o parnasianismo foi um movimento cultural e artístico do final do século XIX. Apesar de surgir no mesmo período em que o naturalismo e o realismo, tinha características distintas.
O parnasianismo influenciou a arte não só de países da Europa, mas ainda de outras nações ocidentais. Assim, chegou a influenciar até a literatura no Brasil.
A ideia principal do parnasianismo era a perfeição estética, a forma. Nesse sentido, o movimento que era sobretudo literário tinha grande preocupação com a forma e isso se revelava nos poemas.
Um dos objetivos do movimento era retormar a cultura clássica, ou seja, os padrões de escrita clássicos. Desse modo, o culto à forma é uma de suas principais características.
Na literatura, a manifestação de mais destaque eram os poemas e estes seguiam a estrutura de soneto (dois quartetos e dois tercetos), com uma metrificação rigorosa. Havia, então, a valorização exagerada da estrutura, da métrica e da rima, e também de correção gramatical. Desse modo, a escrita seguia o padrão dito “culto”.
Além disso, houve a busca por retormar também os temas greco-romanos. Assim, o descritivismo e o preciosismo também eram marcas do período. Havia forte teor de descrição e atenção aos detalhes.
No entanto, não havia subjetividade nessa descrição pois os autores prezavam pela objetividade e a impessoalidade. Ou seja, evitavam dar “suas impressões pessoais” sobre as personagens. Desse modo, tentavam apagar o “eu” das obras.
Grosso modo, o movimento tinha o “belo” como um princípio central da arte e buscou atingi-lo por meio da perfeição da forma.
No Brasil, um dos principais autores representantes do parnasianismo foi Teófilo Dias, sua primeira publicação é datada em 1882. A sua obra “Fanfarra” é, então, um marco do movimento na literatura do país.
Além de Teófilo Dias, podemos citar ainda Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia. Os autores ficaram conhecidos como “a tríade parnasiana”.
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