Economia

Pandemia: a economia americana se destaca na retomada econômica global

Em análise oficial do Banco Central do Brasil (BCB), a economia americana teve uma das reações mais rápidas na retomada econômica durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.

Pandemia: a economia americana se destaca na retomada econômica global

Com sinais de que o nível da força de trabalho não retornaria ao nível de 2019, observou-se que havia dificuldade em preencher vagas de emprego, e o nível de pedidos de demissão bateu recorde, indicando que a economia americana passava a operar em pleno emprego. De acordo com análise do Banco Central do Brasil (BCB), a hesitação de parte da população americana em voltar ao trabalho modulou o ritmo de crescimento ao longo do ano. 

Vendas, juros, poupança e commodities

Com vendas de varejo em alta, juros baixos, grande volume de poupança acumulado desde o início da pandemia, problemas nas cadeias de produção e alta no preço de commodities, a inflação americana subiu de 1,4% no fechamento de 2020 para 7% no fechamento de 2021, muito acima da meta de 2% de sua autoridade monetária. 

Federal Reserve Bank

Assim, o Federal Reserve Bank passou a indicar a possibilidade de, ao fim de 2021, iniciar a reversão gradual da política de quantitative easing e, ao longo do ano de 2022, dar início à alta da taxa básica de juros. Conforme análise do Banco Central do Brasil (BCB), deve-se destacar também que os estímulos fiscais presentes nos dois primeiros anos da pandemia expiraram até o final de 2021. 

A curva de juros iniciou alta a partir de outubro,mas ainda registrando níveis historicamente baixos e juros reais fortemente negativos. A Zona do Euro também começou em 2021 com a mais fatal onda de Covid-19 até o momento, mas a vacinação não teve ritmo inicial tão rápido quanto nos EUA. 

Reação européia

Contudo, no verão europeu, a vacinação da Zona do Euro já ultrapassava a dos EUA, e houve reabertura das atividades. Como, em geral, a região adotou política de subsídio à manutenção do emprego durante os momentos de maior isolamento social, a taxa de desemprego oscilou substancialmente menos na Zona do Euro que nos EUA, e, ao longo de 2021, caiu para o nível pré-pandemia, de cerca de 7%. 

Conforme análise do Banco Central do Brasil (BCB), nos últimos meses de 2021, a escalada dos preços de petróleo e gás natural, combinada a diversos choques negativos de produção de energia renovável, pressionou os preços de eletricidade e combustíveis. Com isso, a inflação na Zona do Euro atingiu o nível de 5%, o que levou à possibilidade de diminuição do estímulo monetário por parte da autoridade monetária.