Um dos maiores erros das pessoas que entram no mundo da coleção de moedas, é achar que apenas os profissionais podem encontrar boas peças. De acordo com os próprios colecionadores, qualquer cidadão de qualquer idade pode encontrar os exemplares valiosos em qualquer lugar do Brasil.
Esta regra vale até mesmo para as chamadas moedas antigas, aquelas que já não estão mais em circulação, e que não podem mais ser encontradas em um trocado no comércio, por exemplo. Neste artigo, vamos citar dois casos que exemplificam bem o que estamos falando.
Abaixo, você pode conferir quais são as peças:
- moeda de 10 centavos de Cruzeiros do ano de 1990;
- moeda 10 centavos de Cruzeiros do ano de 1991.
Características das moedas
Para ajudar no processo de identificação dessas moedas, listamos abaixo uma série de características dos exemplares, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC). Confira:
- Material: aço inox;
- Diâmetro: 18,5 mm;
- Peso: 2,54 g;
- Espessura: 1,20 mm;
- Bordo: liso;
- Eixo: reverso moeda (EH) ?;
- Circulação: de 28/04/1989 a 31/07/1993;
- Desenho do Anverso: Figura do garimpeiro e data;
- Desenho do Reverso: Valor, dístico BRASIL, estrela no topo e estrelas à direita representando o valor em braille.
Os valores das moedas
Mas afinal de contas, quanto valem as moedas de 10 centavos citadas nesse artigo? De acordo com o especialistas, para que as peças sejam consideradas valiosas, é preciso que elas tenham um erro conhecido como cunho marcado.
A marcação no punho pode ser vista em vários lugares, como no reverso ou mesmo no anverso. Em algumas das peças é possível encontrar mais de uma marcação.
A boa notícia é que não é necessário contar com um equipamento profissional para identificar esses erros. A verificação pode ser feita por qualquer pessoa, seja profissional ou não.
Abaixo, você pode conferir as indicações de valores das moedas de 10 centavos tomando como base os catálogos numismáticos mais conhecidos:
Posso limpar uma moeda antiga?
Não há nada que impeça um colecionador de limpar uma moeda antiga para que ela pareça mais nova, ou ao menos mais visível. Contudo, é importante lembrar que em alguns casos esta prática pode reduzir o valor da peça, já que ela poderá contar com uma camada de coloração diferente resultado das reações químicas no metal.
De todo modo, se você está ciente do risco de diminuição do valor, e mesmo assim deseja limpar a sua moeda antiga, é importante ter consigo os seguintes materiais:
- Sabão neutro;
- Vinagre de álcool;
- Bicarbonato de sódio;
- Pasta de polimento de metais;
- Água destilada;
- Toalha macia (evite usar de algodão);
- Toalha de papel;
- Palito de dente;
- Escova de dentes velha, de cerdas macias;
- Tigela de vidro;
- Estopa.
Agora, basta seguir o passo a passo abaixo:
- Segure a moeda pela borda, coloque-a sob água corrente. Especialistas indicam que é melhor que a água esteja morna;
- Esfregue suavemente um pouco de sabão neutro em cada face da moeda. Para isso, use sempre as pontas dos dedos;
- Deixe a moeda de molho em uma tigela de vidro com água destilada morna por cerca de meia hora;
- Enxágue em água morna;
- Logo depois, seque com uma toalha macia.
O Cruzeiro no Brasil
O cruzeiro foi o padrão monetário do país em três períodos. O primeiro foi entre 1942 e 1967, o segundo foi de 1970 a 1986 e o terceiro de 1999 a 1993, logo antes da chegada do real.
A primeira adoção do cruzeiro ocorreu durante o Estado Novo. Aquela foi a primeira vez que um governo nacional decidiu criar um padrão monetário no país. A ideia era justamente uniformizar todo o dinheiro que estava em circulação no território nacional. Naquele momento, 1 cruzeiro era equivalente a mil réis.
A primeira reforma monetária desta peça ocorreu durante o governo de Castelo Branco, quando foi substituída pelo cruzeiro novo. A próxima reforma ocorreu durante o governo de José Sarney, com o Plano Cruzado, e a última aconteceu durante o governo Collor.