Os BRICS são um grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O termo “BRIC” surgiu em 2001 através de um estudo do economista Jim O’Neill, do Goldman Sachs, que identificou esses países como economias emergentes com características semelhantes e alto potencial de crescimento. Posteriormente, a África do Sul foi incluída no grupo em 2011, dando origem ao acrônimo BRICS.
O BRICS foi oficialmente criado em 2006, quando ministros das Relações Exteriores dos países membros se reuniram em Nova York para discutir questões de interesse comum. O objetivo do grupo é fortalecer a cooperação econômica e política entre os membros, além de buscar maior representatividade nos fóruns internacionais.
Os países do BRICS não formam um bloco econômico como a União Europeia, mas sim uma aliança que busca acumular força e protagonismo no cenário político e econômico global. Eles defendem interesses econômicos e sociais comuns, incentivam a cooperação mútua e buscam se posicionar como um contraponto à soberania dos países desenvolvidos nos fóruns internacionais.
Os países que compõem o BRICS são:
O BRICS desempenha um papel importante na geopolítica global e tem potencial para reequilibrar o poder econômico mundial. Embora tenha enfrentado desafios ao longo dos anos, como crises internas e conflitos territoriais, o grupo ainda representa uma parte significativa da economia global.
Em 2020, por exemplo, o desempenho econômico dos países do BRICS foi melhor do que o dos países do G7. Além disso, o grupo tem buscado fortalecer a cooperação entre os países em desenvolvimento, promovendo o intercâmbio de conhecimento e expertise e enfrentando desafios globais como a mudança climática e a segurança alimentar.
As economias dos países do BRICS representam cerca de um terço do PIB mundial e possuem uma população que corresponde a mais de 40% da população do planeta. Esses países possuem grandes reservas de recursos naturais, como petróleo, gás natural, minério de ferro, ouro e terras agricultáveis.
A China se destaca economicamente entre os países do BRICS, tendo um PIB mais de duas vezes maior do que a soma dos demais países do grupo. Além disso, os investimentos chineses são significativos para o Brasil, sendo o principal parceiro comercial do país e responsável por impulsionar setores como telecomunicações, biotecnologia e energia.
O Banco dos BRICS, também conhecido como Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), foi criado em 2014 durante a sexta cúpula do BRICS. Sua função é financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países do bloco, bem como em outras economias emergentes e países em desenvolvimento.
O NBD é uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional, focando nas necessidades dos países membros do BRICS. Ele administra recursos em segmentos como energia limpa, transporte, irrigação, saneamento e desenvolvimento urbano. Cada membro do BRICS possui uma participação igualitária no capital do banco, e a presidência é rotativa, com mandato de cinco anos.
Os BRICS enfrentam desafios como a rivalidade entre China e Estados Unidos, a volatilidade dos mercados financeiros e a desigualdade econômica e social dentro dos próprios países. No entanto, o grupo continua a buscar maior protagonismo e cooperação entre os países em desenvolvimento.
No futuro, o BRICS pode expandir seu número de membros, incluindo países como Argentina e Irã, e se fortalecer ainda mais como um contraponto ao G7. A cooperação entre os países membros e o fortalecimento do NBD são fundamentais para enfrentar os desafios e promover o desenvolvimento sustentável.
Em resumo, o BRICS é um grupo de países que busca fortalecer a cooperação econômica e política entre seus membros, representando uma parte significativa da economia mundial. O NBD desempenha um papel importante no financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. Embora enfrentem desafios, os BRICS têm potencial para reequilibrar o poder econômico global e promover o desenvolvimento dos países em desenvolvimento.