O Ministro da Cidadania, João Roma, disse em entrevista coletiva que o programa que vai substituir o Bolsa Família será mais eficaz que o atual. O chefe da pasta não explicou direito como seria esse aumento de eficácia. No entanto, ele voltou a dizer que os pagamentos deverão começar mesmo no próximo mês de novembro.
Para João Roma, o novo projeto vai formar uma teia de proteção para as pessoas em situação de vulnerabilidade. No entanto, o Ministro se esquivou em dar números concretos. Oficialmente ainda não dá para saber quantos brasileiros irão receber esse benefício em questão a partir de novembro.
“O que nós estamos fazendo justamente é pegar todas as ferramentas que o estado disponibiliza para a população em situação de vulnerabilidade”, disse João Roma momentos depois de sair de uma reunião com o Ministro da Economia, Paulo Guedes. Os dois, aliás, estão conversando muito sobre esse tema nas últimas semanas.
“O objetivo é utilizar essas ferramentas para que a gente possa fortalecer os programas de transferência de renda do Governo. A ideia é que a população em situação de vulnerabilidade encontre não apenas uma teia de proteção, mas também utilize através desse programa com maior eficácia o seu avanço na qualidade de vida”, completou.
Sobre os valores dos pagamentos desse novo projeto social, o Ministro João Roma não se manifestou. Ele disse, no entanto, que o Governo deverá definir esse ponto juntamente com a equipe econômica nas próximas semanas. De acordo com o próprio Palácio do Planalto, o texto do novo programa social deverá estra no Congresso dentro de mais alguns dias.
Pouco se sabe oficialmente sobre esse novo programa. O único ponto passivo até agora é que os valores irão aumentar. Agora falta saber de quanto seria esse acréscimo. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 14 milhões de brasileiros recebem uma média de R$ 190 por mês no Bolsa Família.
Em entrevistas recentes o Presidente Jair Bolsonaro vem dizendo que esse patamar de pagamentos médios vai subir para a casa dos R$ 300. Além disso, ele garantiu que o número de beneficiários vai subir para a ordem de 20 milhões.
De acordo com informações de bastidores, membros do Ministério da Economia não gostam nada desta história. Eles acreditam que um aumento deste tamanho poderia acabar comprometendo o teto de gastos públicas.
Enquanto os pagamentos do Bolsa Família não começam, o Governo Federal segue com os repasses do Auxílio Emergencial. Nesta sexta-feira (30), por exemplo, eles devem terminar as liberações da quarta parcela do benefício.
De acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 37 milhões de brasileiros recebem o dinheiro do programa atualmente. Os valores variam entre R$ 150 e R$ 375 a depender da pessoa que está recebendo o montante.
Recentemente, o Governo Federal anunciou a prorrogação do projeto em questão por mais três meses. Com isso, esses 37 milhões de brasileiros receberão as parcelas, pelo menos, até o próximo mês de outubro. Pelo menos essa é a ideia.