No Brasil, o PIX foi oficialmente lançado em 16 de novembro de 2020 pelo Banco Central (BC). Nesse período de um pouco mais de 1 ano de funcionamento, a ferramenta já facilitou a vida de muita gente, porém também acumulou inúmeros tipos de golpes, e um dos mais novos envolve o pagamento de faturas usando um QR code.
Basicamente os criminosos mandam falsos boletos para clientes de fornecedores de serviços e ficam com o dinheiro. Eles destacam preferência pelo PIX, pois os mesmos oferecem um suposto desconto de 5% se o pagamento ocorrer através desse método.
Assim, para tornar o golpe mais convincente, os golpistas utilizam uma técnica para disfarçar o e-mail real que realizou o envio da mensagem falsa. Além do título “conta digital”, tanto no assunto quanto no endereço do e-mail, eles acrescentam nomes de empresas reais.
“Normalmente, ela não é a sua fatura. Ela provavelmente não vai vir com seu nome, vai vir só com dados numéricos, normalmente errados porque não é algo que foi feito para você, é algo feito de maneira geral. Ou seja, é um phishing”. Explicou Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky, empresa especialista em cibersegurança.
Outra fraude muito frequente é aquela que os especialistas chamam de “phishing”, quando sites falsos são criados de forma muito semelhante aos das grandes empresas e desse jeito oferecem descontos que, na verdade, não existem.
A gigante empresa aérea Gol, por exemplo, noticiou que é falso um site que oferece passagens aéreas gratuitas em nome da companhia. “O consumidor deve sempre checar a URL dos sites e desconfiar de links de WhatsApp, e-mail, cupons e descontos muito atrativos”, salientou a CEO do T.Group.
A companhia destinada a serviços aéreos estima que cerca de 34 mil tentativas de fraude foram realizadas somente entre os dias 25 e 26 de novembro.
A dica dada pela Andrea, é de que ao se deparar com uma promoção muito tentadora, o certo é entrar direto no site oficial daquela empresa e pesquisar pelo produto”. Em tempos de inflação, dólar alto e Bolsa Família que vai e vem, é sempre bom ficar atento as dicas para evitar dores de cabeça no futuro.
Além do aumento de fraudes relacionadas ao PIX , casos de sequestros relâmpagos fizeram com que o Banco Central (BC) introduzisse medidas de segurança no sistema. Alterações divulgadas no fim de agosto definem, entre outras regras, o limite de transferências entre pessoas físicas, inclusive microempreendedores individuais (MEI), para R$ 1 mil no período noturno, entre as 20 e 6 horas.
O BC limitou as transações pessoas físicas (PF) em agosto do ano passado a fim de reduzir a quantidade de casos de roubos noturnos e sequestros relâmpagos, após pedidos das próprias instituições financeiras.
Entretanto, para Arthur Igreja, especialista em Tecnologia e Segurança Digital, as medidas do PIX que entrarão em vigor a partir desta data não são o suficiente.
“Em caso de sequestro relâmpago, por exemplo, o criminoso pode manter a vítima refém por mais tempo, até o horário em que a transação financeira será efetivada. Mas isso não é motivo para alarmar a população e deixar de acreditar na efetividade da ferramenta PIX”, explica Arthur.