O Governo Federal estuda uma maneira de reformular o Bolsa Família e custear as novas medidas para o programa social. O secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, informou que devido a inflação acumulada em 8,35%, o Orçamento do país será ampliado.
Diante disso, há uma brecha no teto de gastos da União que pode ser utilizada para financiar o novo programa. O valor que atualmente está em R$ 1,486 trilhão, subirá para $ 1,61 trilhão em 2022, sendo sua diferença a quantia que pode ser investida no Bolsa Família.
Segundo o secretário do Tesouro, a correção será realizada conforme os indicadores do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que este ano apresentou um resultado superior ao esperado.
Até então, a expectativa do Tesouro Nacional é de que haveria uma folga para as despesas não obrigatórias, chamadas discricionárias, com um valor entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões.
Entretanto, na última semana, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Bruno Funchal, ressaltou que um recálculo foi feito, identificando um aumento entre R$ 25 e R$ 30 bilhões.
Devido ao acréscimo, Bittercourt salientou que a quantia não prevista será destinada as despesas obrigatórias do próximo ano, fazendo com que o Ministério da Cidadania recolha novos recursos para serem aplicados no Bolsa Família.
Ademais, o executivo ainda informou que a equipe econômica conseguiu economizar recursos em gastos fixos, reduzindo os valores destinados a aposentadorias, funcionalismo, abono salarial, seguro desemprego, entre outras medidas governamentais.
Diante o surgimento de novas verbas, os representantes do Governo esperam que aproximadamente 17 milhões de famílias passam a ser contempladas com as novas mensalidades médias de R$ 300.
Neste sentido, o novo programa contará com um financiamento maior em R$ 30 bilhões, viabilizando a realização dos pagamentos corrigidos com valores maior.
O Bolsa Família atualmente tem um orçamente estimado em R$ 34 bilhões, destinados a cerca de 14 milhões de famílias. A expectativa, é que a reformulação seja liberada a partir de novembro deste ano, após o encerramento do auxílio emergencial.
“Esse é apenas um exercício aritmético que aponta a possibilidade da ampliação. Esse espaço [no teto de gastos] que estamos vendo é compatível com um programa dessa magnitude”, declarou Bittercourt.