Mesmo com os efeitos negativos no mercado e críticas que vem sofrendo, o ministro da economia, Paulo Guedes, voltou a reafirmar a flexibilização do teto de gastos e também cobrou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), sobre a reforma da previdência. a ideia é começar a pagar o novo Bolsa Família – chamado de Auxílio Brasil.
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A declaração foi dada ao lado do presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), em um Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília. Na ocasião, apoiadores do presidente também acompanharam o discurso. As informações são do G1.
“As pessoas falam: ‘Você não é defensor do teto?’. Eu sou defensor do teto. Eu vou continuar defendendo o teto. Eu defendo as privatizações. Agora, o presidente tem que tomar uma decisão política muito difícil: se ele respeita o teto ou deixa 17 milhões de famílias passando fome. Então, ele tem que pedir. Ele tem que pedir uma ação social que proteja a população. E eu tenho que calibrar essa ajuda”, afirmou o ministro da Economia.
Na mesma fala, Guedes, também cobrou a aprovação da reforma do imposto de renda, um dos planejamentos iniciais para o pagamento do novo Bolsa Família. O texto já foi aprovado na Câmara e precisa passar pelo Senado, que tem Rodrigo Pacheco em sua presidência.
“Ele precisa avançar com a reforma, ele precisa nos ajudar a fazer as reformas. Ele não pode fazer militância também. E eu tenho certeza que não vai fazer. Nós conversamos na semana passada, e ele falou: ‘Olha, nós temos que acelerar os precatórios, a aprovação, nós temos que avançar com as reformas’. Ele sabe que nós estamos no caminho certo. O presidente do Senado sabe que nós estamos no caminho certo”, declarou Guedes.
Teto de gastos e novo Bolsa Família
O novo Bolsa Família precisa ser lançado ainda este ano, isso porque em 2022 haverá eleições, e a lei proíbe lançamento de programas como este. Desta forma, o ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou que o programa será iniciado em 2021 mesmo que para isso tenha que flexibilizar o teto de gastos.
O teto de gastos é uma lei que proíbe que os gastos do governo ultrapassem a inflação. A ideia é um controle nas contas públicas e gerar uma taxa selic menor, o que poderia ser positivo para um juros menor para o pagamento da dívida do governo.
A lei passou a valer desde 2017. A medida, de flexibilizar o teto de gastos, tem sido criticada pelo mercado e pode também aumentar a inflação.