O Banco do Brasil formalizou sua adesão ao programa Acredita no Primeiro Passo, uma iniciativa do Governo Federal, e passará a oferecer linhas de microcrédito produtivo orientado para pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). A parceria, selada na última quarta-feira (10/12), com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), visa impulsionar pequenos negócios e promover a inclusão financeira em todo o país.
A iniciativa foca em apoiar quem deseja começar ou expandir um pequeno negócio, fornecendo não apenas recursos financeiros, mas também orientação especializada. Com essa adesão, o Banco do Brasil planeja ampliar a cobertura do programa, com atenção especial às regiões Sul e Sudeste, onde a presença da iniciativa ainda era menor. Saiba mais!
O que é o Programa Acredita no Primeiro Passo?
O Acredita no Primeiro Passo é um dos eixos de um programa maior de fomento ao empreendedorismo, instituído por lei federal para apoiar famílias em situação de vulnerabilidade. O objetivo principal é facilitar o acesso a recursos financeiros para que essas pessoas possam investir em suas próprias atividades produtivas. Segundo o MDS, a iniciativa já movimentou cerca de R$ 13 bilhões em diferentes modalidades.
O programa é estruturado para oferecer segurança tanto para quem toma o crédito quanto para as instituições financeiras. Para isso, conta com o Fundo de Garantia de Operações (FGO) Acredita, que permite alavancar até R$ 12 bilhões em crédito para cada R$ 1 bilhão em garantias. Além disso, todas as operações são monitoradas em tempo real pelo sistema nacional SIG Acredita.
Imagem: Reprodução Mayara Vita/ MDS
Como funciona a oferta do Banco do Brasil?
A instituição já havia realizado um projeto piloto no Distrito Federal em novembro, onde aproximadamente mil pessoas receberam o crédito orientado em caráter experimental. A experiência serviu como base para a expansão nacional que se inicia agora.
A agricultora familiar Iracilda Silva, que trabalha com a produção de baru, foi uma das primeiras beneficiadas. “Vamos adquirir uma máquina para quebrar a casca do baru e agilizar nossa produção”, comentou, destacando como o crédito irá impulsionar o trabalho de um grupo de 20 mulheres extrativistas.
Quem pode solicitar o microcrédito?
Para ter acesso, é preciso atender a alguns critérios básicos. O programa é direcionado a um público específico, com foco em grupos que historicamente enfrentam mais barreiras no acesso ao sistema financeiro.
Requisitos para participação:
- Ter entre 16 e 65 anos de idade.
- Estar com os dados atualizados no Cadastro Único (CadÚnico).
O programa define ainda um público prioritário, que inclui mulheres, jovens, pessoas com deficiência, comunidades negras e populações tradicionais, como quilombolas e ribeirinhos. Essa segmentação busca corrigir desigualdades e direcionar o apoio para quem mais precisa.
Resultados e impacto social da iniciativa
De acordo com o MDS, em um ano de operação, o eixo de empreendedorismo do programa já registrou mais de 190 mil operações de crédito, totalizando um repasse de R$ 1,7 bilhão para famílias do CadÚnico. Um dado relevante é que 68% desses recursos foram destinados a mulheres, reforçando o papel feminino no empreendedorismo de base.
O índice de inadimplência é de apenas 0,36%, um número que demonstra a sustentabilidade do modelo e a capacidade de pagamento do público atendido. Além do apoio financeiro, a iniciativa oferece cursos profissionalizantes e suporte para inserção no mercado de trabalho. Mais de 2 milhões de pessoas já foram qualificadas através do programa.
Onde buscar atendimento?
Os interessados em obter mais informações ou iniciar o processo de solicitação podem procurar diversos pontos de atendimento espalhados pelo país. A rede de parceiros inclui instituições públicas e privadas.
- Salas do Empreendedor do Sebrae.
- Agências de bancos públicos como Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia.
- Cooperativas de crédito e agências de fomento parceiras do programa.
A ampliação da rede de atendimento com a entrada de grandes bancos como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal torna o acesso ao programa mais fácil e democrático para empreendedores de todas as regiões.
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