Atualmente, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) está negociando com a Câmara acordo para uma “dobradinha” de aprovação da reforma tributária. A ideia é que seja criada a nova CPMF com a desoneração da folha de pagamentos. A estratégia do governo é que uma proposta “pegue carona” na outra.
No acordo que está sendo debatido, a CPMF seria colocada na proposta de reforma tributária que está sendo tramitada na Câmara dos Deputados, na PEC 45. Atualmente, a PEC 45 está com dificuldade de avançar sem apoio de todos os líderes do Centrão.
Com esse acordo, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, conseguiria mais uma aprovação de reforma em 2020. Maia já se manifestou algumas vezes afirmando que era contrário à recriação da CPMF. Atualmente, ele é o maior opositor à criação do novo imposto. De acordo com ele, durante o seu mandato, que chega ao fim no início de 2021, a CPMF não passará.
Apesar de Maia continuar sendo contrário à CMPF, líderes afirmam que ele pode mudar de posicionamento em troca de apoio do governo para a proposta da reforma tributária que hoje tramita na Câmara.
Segundo o Estadão, os políticos contrários à recriação da CPMF cobram de Paulo Guedes, ministro da Economia, um estudo detalhado do impacto da criação do imposto.