SP: Secretário de Educação diz ser contra retomar aulas somente em 2021

Rossieli Soares, secretário de Educação do estado de São Paulo, disse em entrevista à emissora CNN, que é contra adiar a volta às aulas presenciais para 2021.

Ele defendeu avaliar a situação da pandemia do novo coronavírus “semana a semana, mês a mês”. Também ressaltou que “se pudermos voltar um dia [ainda em 2020], fará diferença”.

“Sou contra bater o martelo e dizer agora que não vai voltar até o final do ano. Sou contra. Vamos avaliando a cada semana, a cada mês. Se puder voltar um dia de aula, fará uma grande diferença, ainda mais depois de um ano inteiro em casa”, expôs o secretário.

Outro plano do governo estadual de SP, de acordo com ele, é unificar as notas de 2020 e 2021 e aprovar os estudantes apenas no final do ano que vem.

Pandemia e estado mental de jovens

Na entrevista para a CNN, Rossieli Soares comentou sobre depressão e suicídio entre jovens. De acordo com o secretário, esse tipo de problema “está agravado durante a pandemia” e o papel da escola na saúde mental de crianças e jovens não pode ser substituído.

Vale lembrar que as aulas não retornarão no estado de São Paulo no próximo dia 8 de setembro. A data já não faz mais parte do cronograma do governo, inclusive.

Gestores trabalham com a possibilidade de volta no dia 7 de outubro, mas tal previsão também deve passar por uma reavaliação caso necessário.

Tudo é baseado, de acordo com o governo, nas expectativas e avaliações da área da saúde. O retorno das aulas deve seguir as modificações positivas do Plano SP, que visa a melhoria das condições sanitárias nas regiões paulistas por 28 dias consecutivos. Caso contrário, o planejamento para as escolas precisará de reformulação.

Sistema de aprovação em 2021

Rossieli admitiu que o ano letivo de 2020 sofreu grande impacto pela pandemia de coronavírus e voltou a dizer que nenhum aluno reprovará já em dezembro.

O secretário, no entanto, rejeitou o termo “aprovação automática” e disse que prefere chamar a decisão deste ano de “organização de ciclos”.

Ele explicou que, se um ano tem geralmente 4 bimestres, desta vez os alunos terão 8 bimestres para recuperar a nota e conquistar a aprovação lá na frente, no final de 2021.

Funcionará assim: no final de 2020, a aprovação ocorrerá normalmente. No ano que vem segue para a próxima série. As notas de 2020 se somarão às notas de 2021 e, então, haverá o cálculo da média conforme o desempenho dos últimos oito semestres letivos.

“Neste ano e no próximo não compreendemos que podemos reprovar, mas não é aprovar de qualquer jeito”, afirmou. “[O aluno] vai ser cobrado, mas vai ter mais tempo de recuperar, de correr atrás”.

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