Os motoristas do país que usam gasolina acabaram de receber uma grande notícia. Nesta sexta-feira (16), entrou em vigor no Brasil o novo preço do combustível fóssil, que deixou os consumidores um pouco mais aliviados.
Na última quinta-feira (15), a Petrobras anunciou mais um reajuste no preço da gasolina, para alegria dos motoristas. Em resumo, a companhia reduziu em 4,3% o valor da gasolina comercializada para as distribuidoras.
Com isso, o litro do combustível caiu de R$ 2,78 para R$ 2,66, uma redução de 12 centavos. Esse é o menor valor em quase dois anos, visto que, no dia 4 de julho de 2021, a Petrobras elevou o preço do litro da gasolina no país, de R$ 2,53 para R$ 2,69.
Em 2023, a Petrobras reduziu em 42 centavos o valor da gasolina. Isso porque, no final de 2022, o litro do combustível estava custando R$ 3,08, ou seja, os motoristas estão aproveitando preços cada vez menores da gasolina.
Cabe salientar que essa é a terceira redução consecutiva no preço da gasolina. Confira abaixo os reajustes promovidos pela Petrobras em 2023:
Até maio, a Petrobras definia os reajustes nos preços dos combustíveis conforme a variação na cotação do dólar e nos valores internacionais do barril de petróleo. Assim, quando essas variáveis oscilavam, a companhia repassava esses preços para os consumidores.
Em março, quando promoveu a primeira redução dos últimos meses, a Petrobras informou que estava seguindo os preços internacionais. Inclusive, o governo federal afirmava não gostar dessa volatilidade dos preços, pois os consumidores ficavam sujeitos a mais oscilações nos valores.
Para modificar esse cenário, a Petrobras extinguiu a política de preço de paridade de importação (PPI) no dia 16 de maio. Em seguida, anunciou um forte reajuste nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.
Com a mudança na política de preços, a Petrobras também passou a considerar fatores internos, minimizando a alta volatilidade dos preços, que se baseavam apenas nas cotações internacionais do dólar e do barril de petróleo.
Essa decisão beneficiou os motoristas do país nas últimas semanas, e o preço dos combustíveis caíram significativamente nas bombas, aliviando o bolso dos brasileiros.
Embora a Petrobras esteja comercializado a gasolina a R$ 2,66 para as distribuidoras, os preços nos postos de combustíveis não são tão baixos assim. Isso acontece porque há outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra.
A Petrobras esclareceu que a parcela da companhia no preço repassado ao consumidor será, em média, de R$ 1,94 após a redução promovida. Esse percentual se refere ao combustível que tem mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos.
“Mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 4 a 10/06, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,33 por litro“, disse a Petrobras, em nota.
“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda“, acrescentou a companhia.
Por isso que os preços comercializados nos postos de combustíveis são bem maiores, justamente por causa das variáveis citadas. Para os consumidores resta procurar postos com preços mais acessíveis, já que sempre pagam mais caro para abastecerem seus veículos.
Os reajustes realizados pela Petrobras tendem a chegar ao consumidor final, mas com uma intensidade bem menor. Como a companhia vende combustíveis para distribuidoras e refinarias, e estas abastecem postos de combustíveis, a expectativa é que a redução nos valores seja repassada para os motoristas.
Entretanto, as reduções costumam demorar mais tempo para chegarem aos consumidores. Na verdade, os estabelecimentos repassam rapidamente as elevações nos preços, mas, quando acontece o contrário, com queda nos preços, a espera tende a ser um pouco maior.
De todo modo, os motoristas esperam que os repasses cheguem o quanto antes. Isso porque, desde o dia 1º de junho, está em vigor uma mudança aprovada pelo Ministério da Fazenda em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis.
Em resumo, os estados brasileiros determinavam qual seria a alíquota do tributo que iria incidir sobre a gasolina. No entanto, desde o dia 1º de junho, o imposto passou a cobrar uma taxa única, que não é mais em percentual, mas agora é em real, no valor de R$ 1,22 por litro do combustível.
Essa mudança na cobrança do ICMS foi muito ruim para os consumidores, pois o preço dos combustíveis ficou mais alto nas bombas da maioria dos estados brasileiros. Por isso que os consumidores esperam que os combustíveis voltem a registrar queda em seus valores nos postos do país.