Nota do Enem: Confira a fórmula usada pelo Inep para avaliar o candidato

Tanto tempo de preparação e expectativa e depois de feita a prova, resta apenas aguardar a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Mas, afinal, você sabe como Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) faz o cálculo da nota do candidato?

Siga a leitura e confira tudo!

Cálculo da Nota do Enem

Atenção! Antes mesmo de te passarmos todos os detalhes sobre a nota do Enem, é importante alertar que o prazo de inscrição para a edição de 2024 vai apenas até sexta-feira (7).

Dito isso, vamos à tal fórmula usada pelo Inep.

Cabe mencionar que serão corrigidas somente as redações transcritas para a Folha de Redação e as respostas efetivamente marcadas no Cartão-Resposta, sem emendas ou rasuras, com caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, de acordo com as instruções apresentadas, sob pena de impossibilitar a leitura óptica do Cartão-Resposta e da Folha de Redação.

Ainda mais, o participante com surdocegueira ou cegueira poderá redigir e entregar a redação em braile. Rascunhos não passam por correção.

Então, o cálculo das proficiências dos participantes a partir de suas respostas às questões de múltipla escolha das provas objetivas terá como base a Teoria de Resposta ao Item (TRI).

Do que se trata o TRI?

Em resumo, por meio desta metodologia, a nota do Enem se dá pela consistência dos acertos e não somente pela quantidade. Confuso, não é mesmo? Mas vamos te explicar.

Diferentemente de uma prova comum, a nota do Enem em cada área não representa apenas o número de questões que o estudante acertou na prova. Sendo assim, não adianta só conferir o gabarito.

Isso porque, em cada uma das áreas avaliadas, a média depende também da dificuldade das questões que se erra e se acerta, e da consistência das respostas.

Desse modo, fica fácil entender o motivo de estudantes que acertam o mesmo número de questões tenham médias diferentes.

Então, na prática, a Teoria de Resposta ao Item analisa qual a possibilidade de o participante ter chutado para acertar uma questão.

Assim, se o estudante acertou apenas as questões fáceis e acertou uma difícil, por exemplo, a metodologia entende que foi um chute.

Em complemento, o contrário acontece se o participante tiver consistência nos acertos entre questões fáceis, médias e difíceis.

Nesse contexto, a pergunta sobre quanto vale cada questão do Enem torna-se irrelevante.

E a redação?

A nota do Enem para a redação, atribuída em uma escala que varia entre 0 e 1000 pontos, será disponibilizada ao participante, respeitando-se os critérios propostos no portal do Inep, e na cartilha de redação do Enem.

A saber, vale destacar que a redação passará pelas mãos de pelo menos dois corretores, de forma independente.

Dessa forma, cada corretor atribuirá uma nota entre 0 e 200 pontos para cada uma das cinco competências exigidas. A nota total de cada corretor corresponde à soma das notas atribuídas a cada uma das competências.

Na prática, considera-se que há discrepância entre dois corretores se as suas notas totais diferirem por mais de 100 pontos; ou se a diferença de suas notas em qualquer uma das competências for superior a 80 pontos; ou se houver divergência de situação.

Critérios

Em suma, a nota final da redação do participante será atribuída da seguinte forma:

• Caso não haja discrepância entre os dois corretores, a nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas;
• Caso haja discrepância entre os dois corretores, haverá recurso de ofício (automático) e a redação será corrigida, de forma independente, por um terceiro corretor;
• Caso não haja discrepância entre o terceiro corretor e os outros dois corretores, a nota final do participante será a média aritmética entre as duas notas totais que mais se aproximarem, sendo descartada a outra nota;
• Sendo a nota total do terceiro corretor equidistante das notas totais atribuídas pelos outros dois corretores e na impossibilidade de aproximação da nota atribuída pelo terceiro corretor com um dos outros dois, por não haver qualquer discrepância entre eles, a redação será corrigida por uma banca composta por três corretores, que atribuirá a nota final do participante, sendo descartadas as notas anteriores;
• Caso haja discrepância entre o terceiro corretor e apenas um dos corretores, a nota final do participante será a média aritmética entre as duas notas atribuídas pelos corretores que não apresentaram discrepância, sendo descartada a outra nota;
• Caso o terceiro corretor apresente discrepância com os outros dois corretores, haverá novo recurso de ofício e a redação será corrigida por uma banca composta por três corretores, que atribuirá a nota final ao participante, sendo descartadas as notas anteriores.

Por fim, cabe pontuar que desde 2012, os candidatos podem ter acesso ao espelho da correção de sua própria redação, por meio do site do exame, que mostra detalhadamente a correção feita e a nota do Enem no que tange à cada uma das competências da redação.