Nasa homenageia Mary W. Jackson, primeira engenheira negra da agência
Sede da Nasa ganhará o nome da engenheira: Edifício Mary W. Jackson.
Administrador da agência espacial dos Estados Unidos (NASA), Jim Bridenstine, declarou na última quarta-feira (24) que seda da associação será batizada de Edifício Mary W. Jackson.
A ação é uma homenagem à primeira engenheira negra da agência espacial, cuja trajetória científica deixou marcos.
Mary Winston Jackson nasceu nos Estados Unidos, no ano de 1921 e, em 2005, faleceu aos 83 anos. Sua vida profissional trouxe importantes contribuições para a ciência, além de ter um significado político para a comunidade negra dos EUA e ao redor do mundo.
Graduada na Universidade de Hampton, Jackson iniciou sua carreira como matemática. Tempos depois, atuando na Nasa já há 5 anos, a matemática participou de um programa especial de treinamento, se tornando, em 1958, engenheira da agência.
Um dos seus trabalhos de destaque na NASA foi a construção, em conjunto com outros cientistas, de um túnel de alta pressão, além dos experimentos em aeronaves.
Mary atuou politicamente dando suporte a outras mulheres negras, objetivando ajudar o grupo minoritário a alcançar espaço em nas diversas área de atuação profissional e científica.
Estrelas Além do Tempo
Recentemente, muitos conheceram a história de Jackson através do premiado filme Estrelas Além do Tempo (Hidden Figures), de Theodore Melfi.
O filme, que chegou a ser indicado ao Oscar, conta a história de três cientistas negras que desafiaram o machismo e colaboraram fortemente para a conquista espacial pelos Estados Unidos.
Além de Mary W. Jackson, foram retratadas também a matemática e física Katherine Johnson e a matemática Dorothy Vaughan. As três mulheres foram cientistas da Nasa e contribuíram significativamente para os avanços científicos da agência.
No filme, é mostrado, com doses de ficção, as dificuldades enfrentadas à época por mulheres na ciência, além de abordar o duro contexto do racismo e segregacionismo nos Estados Unidos na década de 60. Estrelas Além do Tempo provoca uma boa reflexão sobre o racismo institucionalizado.
Atualidades
Com o fortalecimento e o aumento da discussão do racismo nos Estados Unidos, no Brasil e no mundo, nos últimos meses, este filme continua a ser um bom repertório para o debate sobre o racismo e suas variadas facetas.
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