Já pensou em trocar uma moeda de 1 real por R$ 7 mil? A possibilidade pode até parecer distante, mas existe em alguns casos. Apesar de serem situações raras, todo mundo está sujeito a ter em casa uma moedinha valiosa, que ao ser vendida pode garantir um bom dinheiro para o cidadão neste momento.
Os valores variam a depender da situação de cada moeda. Há casos, por exemplo, em que um simples níquel de 50 centavos possa ser vendido por R$ 10 mil. Para tanto, existem os numismatas. Tratam-se de cidadãos que trabalham procurando por estas moedas, e encontrando uma maneira de ganhar dinheiro com esta procura.
A grande maioria das pessoas acredita que os objetos mais valiosos são os mais antigos. Mas isso não é necessariamente uma verdade. De acordo com especialistas, o que normalmente faz uma moeda ser valiosa não é a sua idade, mas a sua raridade. Quanto menos peças estiverem em circulação, maior será o valor pago por aquele item.
Em alguns casos, algumas moedas apresentam defeitos de cunhagem, são provenientes de edições limitadas, ou até mesmo possuem diferenças de produção. Tudo isso faz com que o item seja raro, e consequentemente mais valioso aos olhos dos colecionadores. Assim, mesmo uma moeda mais recente poderá render um bom dinheiro para o cidadão.
Veja abaixo alguns exemplos de moedas valiosas:
- Moeda da Declaração Universal dos Direitos Humanos: 600 mil unidades emitidas e pode valer R$ 1.100;
- Moeda com a Bandeira dos Jogos Olímpicos: Ela pode valer até R$ 350;
- Moeda de R$ 1 de 1999: 3,84 milhões de unidades. Uma única dessas de apenas um real pode valer até R$ 300;
- Moeda do 40º Aniversário do Banco Central: tiragem de 40 milhões de unidades, ela pode valer cerca de R$ 30.
É importante que o cidadão atente também para um outro ponto importante: o estado de conservação da moeda. Moedas valiosas não dependem apenas da tiragem, mas também do seu estado físico. Moedas que estão com os detalhes muito desgastados não são consideradas mais tão valiosas.
Real vai perdendo valor
A busca pelas moedas valiosas está crescendo nas últimas semanas, sobretudo quando se sabe que o valor real destes itens está perdendo o seu preço desde o lançamento do Plano Real. O projeto completou 29 anos de sua aprovação ainda no último sábado (1).
Com uma inflação acumulada de 677,50% desde então, o R$ 1 daquela época é equivalente a 12 centavos de hoje. Na prática, um cidadão que desejasse comprar o R$ 1 do momento do lançamento do Plano Real, teria que desembolsar R$ 7,77, segundo as projeções da calculadora do Banco Central (BC).
Para se ter o mesmo poder de compra da época do lançamento do Plano Real seria necessário:
- R$ 38,87 para uma nota de R$ 5 da época;
- R$ 388,75 para uma nota de R$ 50 da época;
- R$ 777,50 para uma nota de R$ 100 da época.
As notas
No início do Plano Real, o Banco Central lançou inicialmente apenas as notas de R$ 1, R$ 5, R$ 10 e R$ 100. Nos anos seguintes, outras foram lançadas. Em dezembro de 2021, foi lançada a nota de R$ 2, que é uma das mais comuns nos dias atuais. De todo modo, a inflação também corroeu este poder de compra.
Em junho de 2002, foi lançada a nota de R$ 20. A de R$ 200 foi a mais recente. Ela foi lançada ainda em 2020, durante a pandemia do coronavírus. Mas mesmo neste caso, há um aumento da inflação. Para conseguir uma cédula de R$ 200, o cidadão teria que pagar R$ 248,82.
O Plano Real foi oficialmente criado durante a gestão do ex-presidente Itamar Franco. Fernando Henrique Cardoso era o seu Ministro da Fazenda. Devido ao sucesso da prática, ele conseguiu se tornar presidente anos depois, cargo que ocupou por 8 anos.