Imagine que você está fazendo uma faxina na sua casa e encontra uma moeda de 1 centavo. O que você faria com a peça? Boa parte das pessoas jogaria o item fora, mas uma minoria entende que ao menos uma parte destes exemplares são considerados muito raros dentro do mundo da numismática.
Neste artigo vamos falar sobre três moedas de 1 centavo que são consideradas raras para os especialistas neste ano de 2024. São elas:
- Moeda de 1 centavo do ano de 1999;
- Moeda de 1 centavo do ano de 2001;
- Moeda de 1 centavo do ano de 2004.
De acordo com informações do Banco Central (BC), as moedas de 1 centavo ainda possuem valor monetário, mas elas não são mais produzidas pela Casa da Moeda. Na prática, o fato é que encontrar estes itens no comércio vem se tornando uma tarefa cada vez mais difícil, o que vem justificando o grau de raridade destes exemplares.
Características
Abaixo, você pode conferir as principais características das moedas de 1 centavo. Note que as informações foram disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: cobre sobre aço;
- Diâmetro: 17,0 mm;
- Peso: 2,43 g;
- Espessura: 1,65 mm;
- Bordo: liso;
- Eixo: reverso moeda (EH);
- Circulação: de 01/07/1998 a atual;
- Desenho do Anverso: Efígie de Pedro Álvares Cabral – navegador português que, em 22 de abril de 1500, descobriu o Brasil -, ladeada por nau, simbolizando as navegações portuguesas;
- Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavo e o correspondente ao ano de cunhagem.
Pedro Álvares Cabral
Nas lista de características acima, é possível notar que esta moeda de 1 centavo conta com a representação do busto de Pedro Álvares Cabral, conhecido historicamente como o português que descobriu o Brasil. Ele representa na prática a chegada dos portugueses em solo nacional, que já era ocupado pelos índios.
Os detalhes históricos sobre a chegada de Cabral ao Brasil são escassos, mas se sabe que ele era um dos maiores navegadores e exploradores de sua época. Hoje, há uma estátua em sua homenagem na cidade de Belmonte, em Portugal, a sua terra natal.
Quanto vale a moeda
Para que as moedas de 1 centavo dos anos de 1999, 2001 e 2004 tenham alguma validade, é necessário que elas contem com um simples erro de cunhagem conhecido no meio da numismática como REVERSO INVERTIDO.
Abaixo, você pode conferir os valores projetados pelos catálogos numismáticos mais atualizados. Os patamares indicados tomam como base as moedas que são encontradas em grau de conservação MBC:
- Moeda de 1 centavo de 1999 com o reverso invertido: R$ 400;
- Moeda de 1 centavo de 2001 com o reverso invertido: R$ 200;
- Moeda de 1 centavo de 2004 com o reverso invertido: R$ 200.
Caso você encontre as três moedas indicadas acima, poderá acumular R$ 800. Vale frisar, no entanto, que os valores indicados são apenas uma projeção. O patamar de ganho vai depender necessariamente da sua capacidade de negociação de valores.
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário sabe que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.