Moedas com erros de centralização: entenda a razão do alto valor!
Essas moedas podem atingir centenas de reais; entenda
Moedas com erros de centralização, ou disco descentralizado, são uma parte intrigante do mundo numismático. Esse é o universo que dedica-se a estudar moedas e cédulas. Tal ciência interessa-se por falhas de produção desse tipo, em razão da singularidade que cada defeito empresta às peças atingidas.
Esse erro, em específico, ocorre quando o disco da moeda não é alinhado corretamente durante o processo de cunhagem, resultando em uma imagem deslocada. A envergadura do erro e a tiragem da moeda influenciam significativamente seu valor no mercado de colecionadores.
Disco descentralizado
O erro do disco descentralizado pode variar em gravidade, desde um leve deslocamento até uma impressão severamente fora do centro. Quanto mais pronunciado o erro, mais valiosa a moeda tende a ser, pois exemplares com erros maiores são mais raros e visualmente impressionantes. Esse tipo de erro é especialmente valorizado porque mostra claramente a falha no processo de cunhagem, criando uma peça única e interessante.
Observe o exemplo a seguir. A unidade que você vê nas imagens é do ano de 2021. Note como, nesse caso, o impacto do defeito foi profundo, dando um visual totalmente novo a esse exemplar. Tal peças está à no site TN Moedas por R$ 650.
Influência da tiragem no valor
A tiragem, ou quantidade total de moedas produzidas, é um fator crucial na determinação do valor de uma moeda com erro de disco descentralizado. Moedas com tiragem baixa são naturalmente mais raras, e quando combinadas com um erro significativo, seu valor aumenta exponencialmente. Por exemplo, se uma moeda com erro de disco descentralizado foi produzida em um lote pequeno, ela será muito mais valiosa do que uma moeda semelhante com uma tiragem alta.
Em contraste, uma moeda de tiragem alta com um pequeno erro de centralização pode não ser tão valiosa. Colecionadores procuram a raridade, e a combinação de baixa tiragem e erro acentuado é uma fórmula para uma peça altamente cobiçada. Moedas comuns com erros menores podem ainda ser interessantes para colecionadores iniciantes ou como curiosidades, mas não alcançam os preços elevados das raridades significativas.
Escala de conservação
A escala de conservação é fundamental para avaliar qualquer moeda, incluindo aquelas com erros de cunhagem. Esta escala serve, antes de mais nada, para determinar o valor e a condição da moeda. Quanto mais bem classificada, mais valiosa vai ser a moeda. Confira:
- Flor de Cunho (FC): Moeda em condição perfeita, sem sinais de desgaste ou manuseio. Todos os detalhes são nítidos e claros. São extremamente valiosas, especialmente se também apresentam um erro de cunhagem significativo.
- Soberba (S): Moedas em excelente estado, com apenas leves sinais de uso. A maioria dos detalhes originais ainda está bem preservada. Moedas com erros nesse estado tendem a valer bastante, ainda que menos que as moedas FC.
- Muito Bem Conservada (MBC): Moedas que mostram algum desgaste, mas ainda retêm muitos detalhes. A presença de um erro de cunhagem raro pode aumentar significativamente o valor de uma moeda MBC.
- Bem Conservada (BC): Moedas com desgaste considerável. Muitos detalhes já não estão presentes. O erro de cunhagem precisa ser bem visível para que a moeda BC tenha um valor mais alto.
- Regular (R): Moedas com detalhes difíceis de distinguir. O valor de moedas R com erros de cunhagem depende muito da raridade do erro. No entanto, como essa é uma categoria que engloba itens já deteriorados, normalmente mesmo as moedas com erros perdem valor.
- Um Tanto Gasta (UTG): Moedas extremamente danificadas, com poucos detalhes visíveis. Erros de cunhagem em moedas UTG são menos valorizados devido à dificuldade de distinguir claramente o erro. Muitas vezes, aliás, essas moedas não valem mais nada.