O universo da numismática vem atraindo cada vez mais admiradores no Brasil. As moedas chamam atenção por suas características históricas e artísticas, e se elas possuírem alguma característica única, seu valor cresce de maneira expressiva.
A busca por itens incomuns cresce de maneira intensa no país. Muitas pessoas procuram moedas raras e pagam valores muito altos para terem em sua coleção. Aliás, a demanda costuma definir o valor dos modelos, ou seja, quanto maior for a sua procura, mais caro o item tende a ficar.
Você sabia que uma moeda de 50 centavos pode valer dezenas de reais? Mesmo que o valor de face de vários modelos seja de apenas alguns centavos, alguns deles se valorizaram com o tempo e passam a ser vendidos por muito dinheiro.
Isso acontece porque as pessoas adquirem estes itens pela sua raridade, não se importando com o valor de face da moeda. O que os colecionadores realmente buscam são itens únicos, com características específicas, que os transformam em verdadeiros tesouros.
A propósito, as pessoas que estudam e se especializam em cédulas, moedas e medalhas, sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico, recebem o nome de numismatas. Além disso, o nome também é utilizado muitas vezes para designar o ato de colecionar estes itens, ou seja, os colecionadores são chamados de numismatas.
Moeda de 50 CENTAVOS vale até R$ 40
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro para colocá-lo em circulação, conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Em resumo, os itens são padronizados e idênticos, já que todas as imagens, formatos e tamanhos são iguais e específicos para cada valor facial.
Contudo, os exemplares nem sempre saem como planejado e alguns acabam apresentando erros ou defeitos de fabricação. Isso até poderia fazê-los valer menos, já que não foram perfeitamente produzidos, mas o que acontece é justamente o contrário, e as características que os tornam únicos elevam significativamente o seu valor.
Foi isso o que aconteceu com uma moeda de 50 centavos fabricada em 2002, que teve o seu valor elevado em dezenas de vezes, chegando a R$ 40. Em suma, o item não apresenta qualquer falha, característica que costuma elevar o seu valor. Isso quer dizer que o modelo é comum, mas a sua baixa tiragem elevou significativamente o seu valor no país.
A saber, o anverso da moeda possui a efígie de José Maria da Silva Paranhos Júnior e os dísticos BRASIL e RIO BRANCO. Já no reverso do exemplar estão dispostos valor, data e alusão ao Pavilhão Nacional.
O exemplar com erro possui data marcada no anverso. A data foi cunhada no reverso, mas ultrapassou o disco e acabou aparecendo, levemente, no anverso. Esse erro elevou o valor do modelo para a faixa de R$ 20 a R$ 40. Então, fique ligado para não deixar a moeda passar entre os dedos.
Estado de conservação dos itens define valor
Em síntese, as moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação. Estes são os modelos que valem mais.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em resumo, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Por fim, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Existem diversas formas para vender moedas raras, como lojas especializadas e leilões, bem como grupos de Facebook e marketplaces online (como Mercado Livre e Shopee), isso sem contar na venda direta para colecionadores.
Por que as moedas se valorizam com o tempo?
A saber, muitas moedas fazem sucesso entre os colecionadores e passam a ter valores muito altos. Isso acontece devido a características únicas destes modelos, encontradas em poucos exemplares, como:
- Exemplares fabricados para datas comemorativas;
- Modelos com erro de cunho ou fabricação;
- Poucos exemplares produzidos;
- Poucas unidades em circulação no país.
Em resumo, essas são as principais características que tornam uma moeda ou uma cédula mais valiosas. Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens.
Com o passar do tempo, torna-se cada vez mais difícil encontrar estes modelos. Por isso que seus valores crescem tanto, fazendo diversas pessoas venderem itens com preços muito altos.