Você já encontrou alguma moeda diferente, com alguma característica incomum? Embora as moedas nacionais não tenham muito valor, já que representam apenas centavos ou, no máximo, 1 real, algumas delas chegam a valer centenas ou até mesmo milhares de reais.
Isso não parece muito lógico, já que ninguém utiliza 50 centavos para pagar uma conta de R$ 100, por exemplo. Na verdade, as pessoas se baseiam no valor facial de cada moeda ou cédula, pois essa característica define o valor de cada item.
Contudo, diversas pessoas pagam verdadeiras fortunas por itens aparentemente comuns, mas que possuem características únicas. Aliás, você sabia que uma moeda de 50 centavos pode valer milhares de reais?
Em resumo, o estudo de cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico se chama numismática. O termo também é utilizado muitas vezes para designar o ato de colecionar estes itens.
Você sabe o que torna uma moeda valiosa?
As moedas fazem sucesso entre os colecionadores devido a características específicas, encontradas em poucos exemplares. A propósito, as principais características que valorizam um item são:
- Exemplares fabricados para datas comemorativas;
- Modelos com erro de cunho ou fabricação;
- Poucos exemplares produzidos;
- Poucas unidades em circulação no país.
Em suma, essas são as principais características que tornam uma moeda ou uma cédula mais valiosas. Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens.
Moeda de 50 CENTAVOS vale até R$ 150
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Em algumas ocasiões, como datas comemorativas e momentos de celebração, o BC costuma solicitar a fabricação exclusiva e limitada de alguns exemplares. Geralmente, são estes modelos que costumam valer uma fortuna devido à sua quantidade restrita.
Entretanto, existem outras características que fazem um item valer mais do que eles representam. No caso da moeda de 50 centavos apresentada neste texto, uma característica bastante incomum elevou significativamente o seu valor para R$ 150.
Esse modelo tem feito sucesso no Brasil por ser muito diferente das moedas comuns. Trata-se de um item com disco liso, ou seja, sem cunhagem. Na verdade, o modelo possui apenas inscrição na borda, que é realizada antes da cunhagem.
Contudo, a cunhagem em si, com a efigie no anverso e o número “50 centavos” no reverso, não foram realizados. No Brasil, existem pouquíssimos itens com essas características, pois eles refletem algum erro da Casa da Moeda, que não cunhou os lados da moeda.
Caso você encontre alguma destas moedas, não se desfaça dela, pois você pode faturar um valor significativo com o item. Inclusive, quem poderia pensar que uma moeda de 50 centavos poderia valer até R$ 150?
Estado de conservação dos itens
Em suma, as moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação. Estes são os modelos que valem mais.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Além disso, o material de fabricação das moedas também influencia o valor dos itens. De acordo com o catálogo de Moedas Brasileiras, os itens possuem os seguintes valores:
- Disco em cuproníquel: R$ 150;
- Disco em aço inoxidável: R$ 80.
Vale destacar que as moedas em cuproníquel valem mais, pois a Casa da Moeda não fabrica mais exemplares com esse material. Estes modelos são mais antigos e mais difíceis de serem encontrados no Brasil. Por isso que valem mais do que os itens fabricados em aço inoxidável.
Por fim, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Existem diversas maneiras que comercializar os itens pela internet, mas as pessoas devem ficar atentas para não caírem em golpes.
Existem muitos colecionadores dispostos a pagar caro para terem modelos raros. Portanto, essa é uma chance para ganhar um dinheiro extra sem fazer muito esforço.