Encontrar uma moeda de 10 centavos pode até não significar muita coisa para a maioria dos brasileiros. Mas para uma minoria, encontrar uma peça de 10 centavos pode significar a sorte grande. Isso porque em alguns casos específicos, um exemplar monetário deste valor pode valer muito mais do que se imagina.
Hoje, vamos falar sobre a moeda de 10 centavos de 1996. Trata-se de uma peça que pertence à primeira família do real, mas que ainda tem valor monetário de acordo com informações do Banco Central (BC), ou seja, você pode encontrar o exemplar em um troco na feira, por exemplo.
Identificando a moeda
Abaixo, você pode conferir as principais características da moeda de 10 centavos de 1996. Assim, você vai saber exatamente quando encontrar a peça que estamos falando neste artigo.
- Novo Padrão Monetário 1º Família Aço Inoxidável;
- Plano Monetário: Padrão Real 1º Família (1994-1997);
- Período: República;
- Casa da Moeda: Rio de Janeiro;
- Diâmetro: 22mm;
- Peso: 3.59gr;
- Metal: Aço Inoxidável;
- Borda: Lisa;
- Anverso: Efígie da República, dístico BRASIL e ramos de louro estilizados;
- Reverso: Valor, data e ramos de louro estilizados.
Quanto vale esta moeda
A moeda comum
Em condições normais, ou seja, quando a moeda é encontrada em perfeito estado, sem erro de cunhagem ou de fabricação, a peça não vale muito dinheiro. Ao menos é o que dizem os catálogos mais atualizados do mundo da numismática.
A moeda com defeito
Mas caso você encontre esta peça em condições não comuns, com algum erro de cunhagem ou de fabricação, a situação muda. A depender do erro, você poderá contar com valores muito mais altos do que o normal. Confira abaixo:
- Moeda de 10 centavos de 1996 com reverso invertido 180º – R$ 400.
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.
Primeira família das moedas do real
Segundo informações oficiais do Banco Central, a primeira família das moedas brasileiras conta com estas características:
Valor Facial (R$) | Diâmetro (mm) | Peso (g) | Espessura (mm) | Borda | Material |
0,01 | 20,00 | 2,96 | 1,20 | Liso | Aço Inoxidável |
0,05 | 21,00 | 3,27 | 1,20 | Liso | Aço Inoxidável |
0,10 | 22,00 | 3,59 | 1,20 | Liso | Aço Inoxidável |
0,25 | 23,50 | 4,78 | 1,40 | Liso | Aço Inoxidável |
0,50 | 23,00 | 3,92 | 1,20 | Liso | Aço Inoxidável |
A evolução da história
Mesmo na época do Brasil Império, já existia uma preocupação com o material usado nas moedas que seriam usadas no comércio. De acordo com um relatório histórico do Banco Central, com o passar dos anos, os imperadores começaram a alterar o material usado na fabricação destas peças.
“Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel”, diz o Banco Central
“Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922, devido ao alto custo do metal”, completa o BC.