Economia

Moeda comum do Brics é confirmada por Lula e estudos serão realizados durante o ano

Na mais recente Cúpula do Brics, realizada na África do Sul, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, trouxe uma notícia impactante para os membros do bloco e para a economia global.

Brics: criação de moeda comum para facilitar trocas comerciais entre membros é anunciada

A decisão foi tomada de forma unânime: a criação de uma moeda comum que visa simplificar e dinamizar as trocas comerciais entre os países que integram o Brics. Com o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul como membros fundadores, o bloco busca fortalecer suas relações econômicas e políticas por meio dessa iniciativa.

Rumo à moeda comum

O presidente Lula destacou que a ideia por trás da criação dessa moeda não é substituir as moedas nacionais dos países membros. Mas sim estabelecer uma unidade de troca que reduza a dependência do dólar.

Após a conclusão da Cúpula, o presidente Lula deixou claro que a intenção não é alterar a moeda nacional de nenhum país. Isso porque o foco principal é estabelecer uma nova moeda que facilite as transações comerciais, eliminando a necessidade de adquirir dólares para conduzir negócios.

Em suma, essa estratégia tem como objetivo simplificar as trocas comerciais entre os países membros, contribuindo para um aumento no comércio dentro do bloco.

Lula ressaltou que a decisão de criar a moeda comum foi tomada com cautela, levando em consideração a complexidade da implementação. Ele ressaltou que não há urgência na implementação desse plano, uma vez que ele envolve um processo que demanda uma análise minuciosa e uma coordenação precisa entre os países participantes.

Assim, Lula explicou que a decisão de criar uma nova moeda decorre do desejo de simplificar as atividades das pessoas, mas a pressa não é recomendada, pois a empreitada está longe de ser uma tarefa simples.

Estudos e propostas

A implementação da moeda comum envolverá a colaboração das áreas econômicas de cada país membro. Lula revelou que cada nação conduzirá estudos aprofundados para desenvolver propostas concretas até a próxima reunião da cúpula, que ocorrerá no próximo ano.

Essa sequência de etapas viabiliza que cada nação ajuste suas estratégias econômicas de acordo e assegure uma igualdade nas transações comerciais. Lula destacou a relevância desse aspecto, enfatizando a necessidade de estabelecer um certo equilíbrio nas trocas comerciais.

Expansão do bloco e critérios de adesão

Lula também abordou a recente expansão do Brics ao convidar formalmente seis novos países para se tornarem membros: Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia. Desse modo, ele esclareceu que a escolha desses países não foi aleatória, mas sim baseada em critérios que demonstram seu interesse e importância política na região.

Lula fez questão de destacar que o ingresso no bloco não é influenciado por inclinações ideológicas, mas sim pelo compromisso com os critérios previamente estabelecidos. Assim, ele enfatizou que a questão em pauta não é a liderança governamental, mas sim a nação como um todo, sua relevância e contribuição. Ele reiterou a importância de avaliar se um país se encaixa nos parâmetros definidos para a participação no Brics.

Brics – economia. Imagem: Canva

Fortalecendo blocos e perspectivas futuras

Lula também mencionou a importância de fortalecer os blocos regionais, como o Mercosul e a Unasul. Ele ressaltou a importância de as nações serem tratadas de forma igualitária. Assim, expressou sua crítica a quaisquer manifestações de domínio oriundas de países do hemisfério Norte.

Além disso, observou como a mudança de terminologia atualmente soa grandiosa, com indivíduos falando em “conversar com o Sul global”. Em suma, essa observação denota seu desejo por um equilíbrio mais justo nas dinâmicas das relações internacionais.

A expansão do Brics e a criação da moeda comum refletem um compromisso mútuo dos países membros em fortalecer laços econômicos e políticos. À medida que as propostas concretas para a moeda comum forem desenvolvidas e as novas nações integrarem o bloco, espera-se que essas iniciativas impulsionem a cooperação e o crescimento dentro do Brics, contribuindo para um cenário global mais equitativo e interconectado.