Uma moeda de 50 centavos pode valer até 1.000 vezes mais do que o seu valor de face por causa de um erro de fabricação. Muitas pessoas podem se perguntar como um defeito valoriza tanto assim um modelo, já que ele não surgiu com todas as características corretas. E é justamente por isso que ele vale tanto.
Em resumo, a Casa da Moeda fabrica as moedas no Brasil, conforme os pedidos do Banco Central. Cada modelo tem milhões de exemplares, e sua fabricação ocorre de acordo com a necessidade. Assim, exemplares podem ter itens produzidos por anos consecutivos, enquanto outros passam alguns anos para terem novos itens fabricados.
De todo modo, a quantidade elevada de moedas fabricadas e em circulação no país ajuda a elevar o valor de itens com erros de fabricação. Isso acontece porque, quando existe uma falha em sua produção, o item se torna raro, ou seja, existem poucas unidades com estas características únicas.
É como se um erro na fabricação não fosse considerado de fato uma falha, mas uma marca que valoriza a moeda. Aliás, vale destacar que algumas pessoas causam deformidades propositais nos modelos para tentar vendê-los por preços elevados, mas os colecionadores buscam itens que tenham falhas em sua origem, e não fabricadas por pessoas.
Por que as moedas se valorizam com o tempo?
A saber, muitas moedas fazem sucesso entre os colecionadores e passam a ter valores muito altos. Isso acontece devido a características únicas destes modelos, encontradas em poucos exemplares, como:
- Itens fabricados para datas comemorativas;
- Modelos com erro de cunho ou fabricação;
- Poucos exemplares produzidos;
- Poucas unidades em circulação no país.
Em suma, estas são as principais características que tornam uma moeda ou uma cédula mais valiosa. Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens.
Com o passar do tempo, torna-se cada vez mais difícil encontrar estes modelos. Por isso que seus valores crescem tanto, fazendo diversas pessoas venderem itens com preços muito altos.
Veja a moeda de 50 CENTAVOS que vale até R$ 500
De acordo com o perfil do TikTok Salsas_moedas, uma moeda de 50 centavos, fabricada em 1970, chega a valer até R$ 500. O item ganhou muita valorização devido ao seguinte erro: possui o disco trocado.
Como cada moeda possui pesos e tamanhos específicos, os colecionadores conseguem fazer a diferenciação entre os modelos. No caso da moeda de 50 centavos que vale até R$ 500, o seu disco foi cunhado, à época, em uma moeda de 20 centavos.
Segundo o catálogo de Moedas com Erros de Fabricação, “existem algumas moedas com disco trocado nos padrões de 1942 a 79, sendo mais difícil aparecer de 1980 a 88, não sendo encontrado de 1989 a 94. Os valores variam de R$ 50 a 300, nas mais comuns, podendo chegar a R$ 500 nas mais escassas. Deve-se verificar o peso e a espessura para autenticação“.
Como saber se o disco está trocado?
O disco original de 50 centavos é bem maior que o de 20 centavos. Essa é uma característica que pode ser observada sem o auxílio de instrumentos, apenas ao comparar o item com modelos de ambos os valores.
Além disso, a moeda de 20 centavos tem o disco mais fino que a de 50 centavos. Ao observar isso, as pessoas também podem identificar cada item, sem precisar de equipamentos, como parquímetro ou balança de precisão.
Por falar nisso, as pessoas utilizam estes instrumentos para identificar cada item. Apenas com essas observações que é possível autenticar os modelos, confirmando as falhas e erros de produção.
Estado de conservação dos itens altera valor
Em síntese, as moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação. Estes são os modelos que valem mais.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Por fim, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Há muitos colecionadores dispostos a pagar caro para terem modelos raros, e essa é uma chance para ganhar um dinheiro extra sem fazer muito esforço.