Moeda antiga chama atenção pela quantidade de variantes raras. Veja lista
Caso você tenha esta moeda antiga neste momento, saiba como identificar os casos em que ela pode ser considerada rara
Entre os pontos que podem ser levados em consideração na hora de definir se uma moeda é rara, podemos citar as chamadas variantes. Estamos falando de características específicas de peças que estão em circulação, e que diferenciam os exemplares da grande maioria das outras moedas.
Neste artigo específico, estamos falando de uma moeda que conta com inúmeras variantes, e que consequentemente pode ter vários valores diferentes a depender do exemplar que você encontrou. Trata-se da moeda de 1 cruzeiro do ano de 1946.
Esta moeda não conta mais com valor monetário, e portanto não pode mais ser encontrada em um trocado no comércio. De todo modo, nada impede que você encontre o exemplar em qualquer outro lugar.
Dados oficiais apontam que mais de 49 milhões de peças como estas foram produzidas. Na linguagem da numismática, este é um número bastante alto, sobretudo quando se considera o contexto monetário da época.
Características da moeda
Abaixo, você pode conferir uma lista com as principais características da moeda de 1 cruzeiro do ano de 1946, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Plano Monetário: Padrão Cruzeiro 1ª Edição (1942-1967);
- Período: República;
- Casa da Moeda: Rio de Janeiro;
- Diâmetro: 23mm;
- Peso: 7gr;
- Metal: Bronze-Alumínio;
- Borda: Serrilhada;
- Reverso: Moeda;
- Moeda Desmonetizada;
- Desenho do Anverso: Mapa do Brasil ao centro tendo junto à orla, a esquerda, a palavra Brasil sobreposta a duas linhas horizontais e paralelas. A esquerda, entre a segunda linha paralela e o mapa, o monograma das letras WT do gravador Walter Toledo;
- Desenho do Reverso: No centro, o valor de face ao lado de dois ramos de louro e a constelação do Cruzeiro do Sul. No exergo, o monograma BR do gravador Benedito Ribeiro e a estrela Alfa da constelação do Cruzeiro do Sul. No campo a esquerda, a data.
Qual o valor?
Já em condições normais, ou seja, nem nenhum tipo de variante, esta moeda de 1 cruzeiro do ano de 1946 pode valer muito dinheiro. Mas tudo vai depender do grau de conservação da peça. Veja no quadro abaixo:
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
---|---|---|
R$ 10,00 | R$ 25,00 | R$ 100,00 |
Caso você encontre esta moeda de 1 cruzeiro do ano de 1946 certificada, saiba que ela poderá ser vendida em 2024 por nada menos do que R$ 500.
As variantes da moeda
Agora, vamos analisar a lista completa de variantes desta moeda. Como dito, neste caso há uma variação de preços que precisa ser indicada e observada pelos colecionadores. Confira:
- Moeda de 1 cruzeiro de 1946 com o Reverso Horizontal:
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
---|---|---|
R$ 200,00 | R$ 700,00 | R$ 1.500 |
- Moeda de 1 cruzeiro de 1946 com o Disco Fino:
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
---|---|---|
R$ 45,00 | R$ 120,00 | R$ 350,00 |
- Moeda de 1 cruzeiro de 1946 com o Reverso Invertido:
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
---|---|---|
R$ 240,00 | R$ 900,00 | R$ 1.800 |
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário sabe que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.