A misofonia ou Síndrome da Sensibilidade Seletiva a sons, como também é conhecida, pode ser muitas vezes confundida com falta de paciência, implicância e até chatice, o que dificulta um diagnóstico preciso e logo, a possibilidade de tratamento.
A condição merece total atenção, visto que pode ter como consequência alguns transtornos mentais, inclusive, ela geralmente está relacionada a outras síndromes.
Visto que a síndrome foi descrita recentemente, ainda não há pesquisas que apontam a quantidade de brasileiros que sofrem com esta audição supersensível, entretanto, há relatos de casos que abrangem mais de seis mil portadores no país.
Pessoas com misofonia têm aversão a barulhos específicos, repetitivos, agudos, distantes e até de volume baixo.
Os sons que mais afetam os misofonicos são os gerados pela boca, nariz ou dedos, entretanto, barulhos externos também promovem reações negativas ao portador. Os mais comuns são:
Já os sons externos podem ser variados, compreendendo desde o cantar dos passarinhos, assobios, rangidos de portas, conversas baixinhas, entre inúmeros outros.
O incomodo causado por determinados sons traz uma reação emocional repentina e muitas vezes descontrolada, que implica em sentimentos como raiva, irritabilidade, nojo e até ódio. Diante disto, o indivíduo acaba sofrendo com:
O dia a dia também acaba sendo extremamente exaustivo, pois essas pessoas acabam evitando situações, locais e até mesmo sofrem com a dificuldade para dormir, fazendo uso de protetores auriculares todas as noites.
Essas limitações e até os julgamentos dos familiares e amigos, que não compreendem a condição, acabam se tornando gatilhos para o desenvolvimento de doenças mentais, como ansiedade e depressão.
Além disso, a misofonia pode estar associada a outras síndromes, como hiperacusia, que é o incômodo com o volume dos sons, fonofobia, medo de se expor ao barulho e zumbidos.
Outra condição que está ligada à síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons é o Transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
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Os tratamentos dispostos para a Misofonia são variados, incluindo desde a estimulação sonora até a meditação.
Também pode ser associado uso de medicamentos para controlar a ansiedade e depressão, bem frequentes nos misofonicos.
As abordagens mais comuns são:
Existem grupos especiais para ajudar as pessoas que sofrem da síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons, inclusive, garante orientações aos familiares, amigos e demais pessoas que convivem com o misofonico.
O diagnóstico e a prescrição dos tratamentos devem ser feitos por médico especialista em audição.