Ministro diz que Pix Caminhoneiro pode se tornar permanente

Ministro diz que Pix Caminhoneiro pode se tornar permanente

Em entrevista, Ministro do Trabalho e da Previdência, José Carlos Oliveira, disse que trabalhará para manter Pix Caminhoneiro em 2023

Na manhã desta segunda-feira (15), o Ministro do Trabalho e da Previdência, José Carlos Oliveira, deu mais detalhes sobre os pagamentos dos novos benefícios do Governo Federal. Entre outros pontos, ele disse que trabalhará para transformar o Pix Caminhoneiro e o auxílio-taxista em programas de caráter permanente.

“Eu não vejo problema dessa política se perpetuar. Não vejo que seja impossível isso acontecer. É claro que vai depender da situação econômica do Brasil e do mundo. Eu vejo com bons olhos que sigamos, assim como estamos fazendo no Auxílio Brasil, com essa distribuição de renda. O que depender de mim e do nosso presidente, pode ter certeza, vamos trabalhar para que esses benefícios se perpetuem sim”, disse ele.

O Pix Caminhoneiro e o auxílio-taxista são programas sociais que foram aprovados dentro da chamada PEC dos Benefícios no Congresso Nacional. Hoje, o texto aprovado afirma que as liberações dos dois projetos sociais só devem durar até o próximo mês de dezembro de 2022. A partir de janeiro de 2023, o poder executivo não pagaria mais nenhuma rodada.

Dados do Ministério do Trabalho apontam que pouco mais de 190 mil motoristas de caminhão já receberam as duas primeiras rodadas do Pix Caminhoneiro na última terça-feira (9). Na terça-feira (16), 245.213 motoristas de táxi receberão o auxílio-taxista. Ambos os números devem crescer nos próximos meses depois de reanálises nas contas.

Embora sejam programas de naturezas diferentes, o Governo Federal explica que nos dois casos o objetivo é ajudar os trabalhadores que estão passando por dificuldades financeiras hoje. Nas últimas semanas, o preço do combustível vem baixando em todo o país. Entretanto, ele ainda segue em um patamar mais alto do que o registrado em anos anteriores.

Banco Central preocupado

Oficialmente, o Governo Federal ainda não bateu o martelo para a manutenção dos pagamentos dos atuais programas sociais em 2023. Entretanto, antes mesmo de uma confirmação oficial, membros do Banco Central (BC) já estão preocupados.

Em declaração nesta segunda-feira (15), o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, disse que há uma ansiedade diante das últimas declarações de membros do Governo Federal. De acordo com ele, não é possível saber o que vai acontecer com as contas públicas do país.

“Então isso é sempre alguma coisa que nos aflige. O que hoje o mercado tem uma ansiedade em entender é como vai ser o fiscal do ano que vem. Se forem continuados (os auxílios), como vão ser financiados? Existe uma ansiedade se tem de ter uma compensação fiscal, e se vai vir junto com uma reforma tributária. E como vai ser uma política tributária”, declarou.

Declarações sobre o auxílio

Tomando como base as promessas dos líderes das pesquisas eleitorais, é possível dizer que o Banco Central já deveria contar com aumento de gastos no próximo ano. Todos os pré-candidatos estão prometendo gastar mais a partir de 2023.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, já disse que os repasses do Auxílio Brasil serão mantidos na casa dos R$ 600 não apenas este ano, mas também em 2023. Ele disse ainda que já acertou o esquema com o Ministro da Economia, Paulo Guedes.

O ex-presidente Lula (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto, também disse que pretende manter o Auxílio na casa dos R$ 600, além de pagar o valor dobrado para as mães solo. O terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT), disse que pretende liberar um novo programa no patamar de R$ 1 mil por família.

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