O Ministério da Economia lançou uma nota neste final de semana para corrigir uma informação do Ministro da Economia, Paulo Guedes. No texto em questão, a pasta diz que houve um engano em relação ao que se falou sobre a prorrogação do Auxílio Emergencial. De acordo com eles, aconteceu uma certa confusão.
Na última sexta-feira (1), o Ministro Paulo Guedes disse que o Ministério da Cidadania estaria trabalhando pela prorrogação do Auxílio Emergencial. De acordo com o Ministério, no entanto, ele queria se referir ao novo Bolsa Família. Seria portanto o programa que vai começar a fazer os pagamentos em novembro. É o que se sabe.
“Daqui até o fim do ano, Ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura vai vender mais 22 aeroportos. O Ministro Rogério Marinho do Desenvolvimento Regional vai terminar as obras que ficaram ‘inconcluídas’. O Ministro João Roma vai estender auxílio emergencial. Nós somos um time remando pelo Brasil”, disse Paulo Guedes em um evento público.
Logo depois dessa fala, membros do mercado começaram a criticar duramente o Governo Federal. É que esses empresários temem que essa prorrogação do Auxílio Emergencial acabe complicando as contas públicas do país. Por isso, eles estão se posicionando contra essa ideia. Diante da repercussão negativa, o Ministério da Economia se posicionou.
“O Ministério da Economia esclarece que o governo quer estender a proteção aos cidadãos em situação de vulnerabilidade com o novo programa social Auxílio Brasil. (É o programa que) Substituirá o Bolsa Família. Em sua fala durante o evento de comemoração dos 1.000 dias de governo no Palácio do Planalto, o ministro falou em “Auxílio Emergencial” em vez de “Auxílio Brasil””, completa a nota.
Prorrogação
Nem todo mundo se convenceu com essa explicação. É que o fato é que o novo Bolsa Família não precisaria, em tese, de uma prorrogação. Primeiro porque os pagamentos do projeto ainda nem começaram. E depois porque se trata de um programa fixo.
Logo, muita gente está afirmando que o Ministro Paulo Guedes não se enganou e que estava falando mesmo do Auxílio Emergencial. De qualquer forma, o Ministério da Economia segue negando que essa realmente seja a situação.
Antes desta situação, em entrevista para o jornal O Globo, Paulo Guedes foi questionado sobre essa situação. Em resposta, ele disse que a prorrogação do Auxílio Emergencial pode acontecer. No entanto, ele frisou que isso deve ser feito com responsabilidade.
Auxílio Emergencial
O fato de o Ministério negar as palavras do Ministro não significa dizer que o programa em questão não vá passar por uma prorrogação. De acordo com informações de bastidores, membros do Palácio do Planalto estão seguindo firmes com essa ideia.
Hoje, o que se sabe oficialmente é que o programa vai seguir fazendo pagamentos até este mês. O calendário oficial da Caixa Econômica Federal aponta que o último repasse vai acontecer na segunda metade deste mês de outubro. Tudo isso, no entanto, deve mudar.
Ainda segundo informações de bastidores, o mais provável neste momento é que o Governo opte por aumentar a quantidade de meses de pagamentos do projeto. Aliás, eles deverão fazer um pronunciamento sobre este assunto ainda durante esta semana.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o Auxílio Emergencial atende algo em torno de 35 milhões de pessoas. Esse número, aliás, inclui os informais e os usuários do Bolsa Família. Os valores médios seguem os mesmos. São parcelas que variam entre R$ 150 e R$ 357. Isso não deve mudar mesmo em caso de nova prorrogação.