O Ministério da Educação (MEC) tem a intenção de ampliar a oferta de educação a distância (EaD) nas universidades federais brasileiras.
Nesse sentido, o MEC publicou nesta sexta-feira (23) duas portarias no Diário Oficial da União quanto à formação de grupos de trabalho. De acordo com as portarias, os grupos são para a discussão, elaboração e apresentação de estratégias para a ampliação da oferta de cursos de nível superior, na modalidade remota, nas federais.
Os resultados do Censo da Educação Superior de 2019 foram liberados hoje pelo Inep e apontam um forte avanço da modalidade EaD nos cursos superiores da rede privada de ensino. A avanço foi observado antes mesmo da crise de covid-19. Em meados de março, a pandemia obrigou as instituições do Brasil de todos os níveis de ensino a se seguirem com as aulas de forma remota.
Uma política de educação digital para as federais
Durante a entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta para a divulgação dos dados do censo, o secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas, chegou a mencionar a intenção da pasta de ampliar o modelo EaD nas universidades federais.
Assim, Vilas Boas afirmou que um dos objetivos é “desenvolver uma política de educação digital para a rede federal brasileira”. De acordo com ele, a pasta pode ampliar e muito o ensino a distância. Assim, o secretário acredita ser possível atingir um número muito maior de alunos e com a mesma qualidade do ensino presencial.
Apesar de haver um crescimento na busca pelos cursos EaD na rede privada, os resultados do Enade 2019 não trazem uma boa avaliação. De acordo com o Enade, 51,3% dos cursos EaD tiveram nota ruim, enquanto entre os cursos presenciais esse percentual foi de 35%.
No entanto, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, disse que não é possível afirmar que os cursos EaD tenham qualidade inferior aos cursos presenciais. Segundo ele, os perfis dos alunos são diferentes, então “tem que explorar um pouco mais”.
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