O Sindicato dos Metroviários de São Paulo anunciou que os empregados do metrô da cidade de São Paulo pode entrar em greve na próxima quarta-feira (12). Essa ameaça acontece no momento em que os profissionais estão pedindo um reajuste salarial para a categoria.
De acordo com o Sindicato, o Metrô não aceitou o reajuste, por isso os trabalhadores querem o movimento. No entanto, esses profissionais deixaram claro que isso ainda não é oficial. É que eles irão realizar uma assembleia na terça (11) para decidir se fazem ou não a paralisação.
Essa assembleia vai acontecer por volta das 18h. Dessa forma, uma possível greve pode acabar pegando muitos trabalhadores de surpresa. Então é importante prestar atenção no resultado dessa reunião para não ter maiores dores de cabeça no dia seguinte.
Antes mesmo dessa Assembleia, a categoria vai realizar um protesto no Centro da cidade ainda na manhã da terça (11). No período da tarde, representantes do Sindicato irão participar de uma audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP).
Portanto, pode ser que o sindicato consiga um acordo com o Metrô nesta mediação. O encontro deve acontecer por volta das 14h. Caso não haja um acerto, aí eles irão discutir de fato uma nova paralisação do metrô na cidade. Pelo menos é o que eles estão prometendo.
Linhas que podem parar na quarta (12):
- 1-azul
- 2-verde
- 3-vermelha
- 15-prata
O que eles querem
De acordo com representantes do Sindicato, eles querem apenas um aumento no salário. Segundo eles, isso é algo que não acontece há dois anos para a categoria. Além disso, eles são contra a possível redução de adicionais para alguns empregados do local.
“Nós estamos pedindo a reposição da inflação desses dois anos, inclusive nos benefícios, e que nenhum dos nossos direitos deixe de existir. A nossa categoria trabalhou sem parar na pandemia, com os funcionários trabalhando muito”, disse Wagner Fajardo, coordenador do Sindicato dos Metroviários.
“Parte dos trabalhadores que pertencia ao grupo de risco saiu do trabalho. Estamos trabalhando com menos 20% dos funcionários”, completou Fajardo. Não se sabe, no entanto, qual vai ser o grau de apoio que uma possível greve terá neste momento entre os próprios trabalhadores do metrô.
Greve no metrô
Essa não é, no entanto, a primeira vez que os funcionários do metrô de São Paulo ameaçam entrar em greve. No último mês de abril, esses mesmos empregados ameaçaram realizar uma paralisação caso o Governo de São Paulo não os colocasse como grupo prioritário na vacinação contra a Covid-19. Era uma condição.
Na época, o Governador do estado, João Dória (PSDB) cedeu aos pedidos e incluiu esses trabalhadores no grupo prioritário da vacinação. Esses empregados, aliás, começam a receber a vacina nesta terça-feira (11). Pelo menos é isso o que a Secretaria Estadual de Saúde está prometendo.
Não se sabe, no entanto, se o Metrô vai ceder a pressão dessa segunda reivindicação. Acontece que a empresa alega não ter recursos para um reajuste salarial para os seus empregados neste momento. O Governo do Estado de São Paulo não se pronunciou. Pelo menos não até a publicação desta matéria.