Mesmo com páscoa cara, Brasil deve registrar aumento de vendas

Mesmo com páscoa mais cara, Brasil deve registrar aumento de vendas

Na avaliação de lojistas, movimentação da páscoa deste ano indica que haverá aumento nas vendas em 2023

A páscoa está mais salgada este ano. E não estamos falando que alguém vai colocar uma quantidade de sal maior no bacalhau da sua ceia. Os preços dos principais itens consumidos na festa estão notadamente mais caros em relação ao que se registrou no ano passado. Entretanto, lojistas esperam um aumento nas vendas.

Dados oficiais mostram que produtos da páscoa estão 12% mais caros em relação ao ano de 2022. Este índice representa mais do que o dobro da inflação acumulada entre os meses de abril de 2022 e março de 2023, que está em 4,81%. É o que apontam os dados mais recentes do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S).

Abaixo, você pode conferir a lista dos produtos mais comumente usados na páscoa e que mais cresceram de preço.

  • Ovo de páscoa (+27,31%)
  • cebola (+22,67%);
  • Peixes em geral (+10%);
  • Atum (+12,97%);
  • Sardinha em conserva (+11,46%)
  • bacalhau (+10,91%).

Diferença no preço

Mesmo que o cidadão se assuste com o aumento dos preços de produtos da páscoa, há algumas dicas que podem ser seguidas pelo consumidor. A principal delas é a pesquisa. Segundo informações do Procon, em uma mesma cidade os preços de um mesmo item variam, em média, 300%.

A pesquisa é importante principalmente para quem está procurando um ovo de chocolate para presentear no próximo domingo (9). Segundo o Procon, a diferença de preço deste produto pode chegar a marca de 320%.

A diferença também é grande no preço das barras de chocolate (116%) e até mesmo nos simples bombons (65%).

Vagas de trabalho

Se, por um lado, há um aumento do preço dos produtos da páscoa, e uma elevação da variação dos valores, o mesmo não se pode dizer do número de contratações. Até aqui, o que se sabe é que há uma redução no número de empregos gerados pela festa em relação ao que se registrou em 2022.

Dados oficiais mostram que a indústria abriu 7,9 mil postos de trabalhos temporários em pontos de venda de produtos de Páscoa. Esta lista inclui as contratações diretas e também indiretas também em fábricas de chocolate.

O número representa uma queda de 7% em comparação com os 8,5 mil postos que foram gerados na Páscoa do ano de 2022.

A queda, no entanto, não indica uma diminuição nas vendas. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Ubiracy Fonseca, houve apenas uma mudança de foco, com mais vendas acontecendo de maneira online.

“Isso reflete um comportamento do mercado, os aplicativos de vendas on-line foram muito utilizados pelas indústrias. A grande maioria das vendas ainda é presencial, mas o consumidor mais jovem entra no site das marcas, compara os preços e faz suas compras”, diz Fonseca.

Mudanças na Páscoa

Mesmo com a expectativa de aumento nas vendas, muitas pessoas estão aproveitando o momento para economizar. Segundo relatos de cidadãos, há casos de indivíduos que estão preferindo trocar o ovo de páscoa pela barra ou até mesmo a caixa de chocolate.

Na ceia, algumas famílias estão preferindo comprar cortes mais baratos do bacalhau, ou até mesmo outros peixes apenas para não passar o feriado sem este item na mesa.

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