O Ministério da Educação aprovou, a partir desta segunda feira (25), a suspensão das parcelas dos contratos do FIES. A medida foi tomada em razão da crise econômica provocada pela pandemia do novo Coronavírus.
A medida assinada por Wagner Vilas Boas de Souza, presidente do Comitê Gestor do Fies, permite que sejam prorrogados os pagamentos de até duas parcelas de contratos em fase de utilização ou carência e quatro parcelas para os que estão em fase de amortização.
Aqueles que desejam adiar os pagamentos têm até o dia 31 de dezembro deste ano para fazer a solicitação. Porém, o contrato precisa ter sido assinado até o segundo semestre de 2017 ou o aluno já deve ter concluído o curso.
Os que se enquadrarem nos critérios devem entrar em contato com o banco que concedeu o financiamento para comunicar o interesse da suspensão. As parcelas que forem suspensas serão somadas ao saldo devedor e jogadas para o final do contrato. No entanto, não será cobrado juros, taxas ou multa por atraso sobre elas.
O que é FIES?
Fies é um programa de financiamento de mensalidades em universidades privadas. Para se inscrever, o estudante precisa prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e se encaixar nos critérios socioeconômicos exigidos.
Atualmente, existem dois tipos de financiamento:
- Na modalidade Fies, são oferecidas vagas com juro zero para os estudantes com uma renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos (R$ 3.135 – pelo salário mínimo nacional).
- A modalidade P-Fies se destina a estudantes com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos (R$ 5.225 – pelo salário mínimo nacional). O estudante pode receber um empréstimo a juros consideravelmente baixos, variando de acordo com o banco que atua como agente financeiro.
Lembrando que, em dezembro do ano passado, o governo anunciou mudanças nos dois programas, mas só entrarão em vigência no segundo semestre deste ano para o P-Fies e a partir de 2021, para o Fies.