Mais de 150 serviços públicos são digitalizados durante crise do coronavírus
O esforço feito pelo Governo elevou para 729 o número de serviços públicos digitalizados desde janeiro de 2019
O Governo Federal, pressionado a reduzir aglomerações durante a pandemia do coronavírus, digitalizou nada menos que 156 serviços públicos nos últimos 90 dias, em março (58 digitalizações), abril (45) e maio (53).
O esforço feito pelo Governo elevou para 729 o número de serviços públicos digitalizados desde janeiro de 2019. De acordo com informações da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia, que coordena o processo, a digitalização resulta em economia de R$ 2,2 bilhões por ano com a redução de custos e com o aumento de eficiência dos servidores públicos.
A Estratégia de Governo Digital revelou, conforme documento publicado em abril, que o governo federal pretende alcançar os 100% de digitalização até o fim de 2022 e economizar R$ 38 bilhões em cinco anos, de 2020 a 2025.
De acordo com a secretaria, a economia decorre da eliminação do papel, da redução da burocracia, da redução de erros e de fraudes e da menor necessidade de locação de estruturas, de manutenção de logística e de contratação de pessoal para atendimento presencial.
Vale destacar que algumas das digitalizações dos serviços está diretamente relacionada ao enfrentamento da Covid-19. O Governo Federal transformou em digitais 46 serviços da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), muitos dos quais considerados prioritários no combate à pandemia.
Com 107,2 milhões de pedidos cadastrados e 101,9 milhões de pedidos processados até a ultima sexta-feira, 05 de junho, o cadastro para o auxílio emergencial representa outro exemplo de digitalização, com o processo feito inteiramente pelo celular ou pelo site oficial do benefício.
Otimização dos serviços prestados
O Ministério da Economia disse, quanto aos servidores públicos, considera a digitalização bem-sucedida por deslocar funcionários de tarefas operacionais para atividades especializadas, otimizando o trabalho.
Conforme informado pela Agência Brasil, no caso do seguro-desemprego do trabalhador doméstico, digitalizado durante a pandemia, o serviço exigia 7,3 mil trabalhadores. Com o atendimento virtual, somente 630 profissionais passaram a ser necessários, o equivalente a 8,5% do total anterior.
Segundo informações da Secretaria de Governo Digital, a economia anual com o seguro-desemprego para domésticos chegará a R$ 357,9 milhões. Atualmente, o serviço é demandado por 280 mil trabalhadores por ano.
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